12.7.08

Aguapé

Gigoga amarela
Nome Científico: Eichornia Classipis.
Origem: Américas do Norte e do Sul
Porte: até 1 metro
Floração: Verão
Clima: Quente e úmido
Luminosidade: sol pleno
A planta aguapé (Eichornia crassipes), também conhecida como baronesa, orelha-de-jegue, jacinto d’água e miriru, pode ser considerada uma praga ou uma planta muito benéfica.
A planta aquática conhecida como aguapé é o que poderíamos chamar de "vegetal-água": 95% da planta corresponde à água. Esta planta possui raízes longas, (podem medir até um metro), rizomas, estolões, pecíolos, folhas e inflorescências. A parte que fica fora d´água, podendo atingir uma altura que varia desde alguns centímetros até um 1metro.
O aguapé se apresenta suspenso, flutuando livremente, enroscado em obstáculos, preso ao solo em locais de água rasa e até enraizado em áreas consideradas secas. A planta possui uma grande quantidade de pecíolos cheios de cavidades de ar - isso explica o enorme poder de flutuar. A reprodução dos aguapés ocorre por meio de sementes e por brotações laterais - novas plantas são produzidas por estolões e o seu crescimento lateral ocorre a partir do rizoma.
O aguapé serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos e aspectos, servindo de habitat para uma fauna bastante rica, desde microrganismos, moluscos, insetos, peixes, anfíbios e répteis até aves.
Quando largado nas águas, sem uso, o aguapé chega a prejudicar a navegabilidade dos rios, causando até problemas em reservatórios de usinas hidrelétricas em razão de sua rápida proliferação. Entretanto, quando bem aproveitada esta planta pode trazer benefícios incríveis. Uma das principais vantagens do aguapé é que ele é um filtro natural, pois apresenta a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes. Assim, se um lago ou um reservatório estiverem poluídos, coloca-se o aguapé: suas raízes longas e finas, com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura e permitindo que a planta assimile estes componentes tóxicos. O único cuidado é vigiar de perto seu crescimento vigoroso para mantê-lo sempre sob controle. Não se aconselha, entretanto, a utilização e presença de aguapés em lagos extensos, em represas com possíveis remansos ou mesmo em tanques de dimensões maiores, pelas dificuldades de remoção e controle.


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Propriedades Medicinais:
A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.

Aguapé diminui a poluição de cursos d'água
A Unesp pesquisa plantas aquáticas e constata que elas servem até para tratar esgoto doméstico

É possível evitar a poluição de pequenos cursos d'água, ou mesmo permitir a sua reutilização para diversos fins, por meio de tratamento da água com plantas aquáticas, como taboa, junco, lírio-do-brejo, inhame e aguapé. Essa é a constatação de pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, que trabalha para recuperar a qualidade de águas servidas, envolvendo o tratamento do esgoto doméstico.
Ideal para todos - "O sistema é ideal para fazendas, e até pequenos distritos", garante o professor Paulo Rodolfo Leopoldo, responsável pela coordenação do projeto da Unesp.
A pesquisa consiste na adoção de uma rede de coleta do efluente e na utilização de dois ambientes distintos, constituindo-se em dois depósitos de decantação. Um deles tem a finalidade de reter o material sólido, despejado no efluente. Após essa etapa, o efluente segue para o segundo ambiente, onde se encontram as plantas aquáticas. Assim, a água recupera parte de sua qualidade e pode ser utilizada em serviços domésticos e na agricultura.
Imprópria para consumo - "Apesar do tratamento, que elimina cerca de 90% das bactérias da água, ela ainda não é própria para consumo humano", alerta o professor Paulo Rodolfo Leopoldo.
O sistema pesquisado pela universidade pode constituir-se em fonte de economia para o pequeno agricultor. Isso porque o resíduo orgânico retido nas caixas de decantação é rico em ferro, zinco, manganês, cálcio, potássio e matéria orgânica, ideal para ser utilizado na agricultura, substituindo, em parte, os fertilizantes convencionais.

Fontes: Site Jardim de Flores.
Folha de São Paulo.

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