Introdução
As palmeiras são plantas monocotiledoneas da família das palmaceas (Palmaceae ou Palmae). São representadas por cerca de 3.500 espécies reunidas em 240 gêneros. Muitas são conhecidas pelo nome vulgar . São plantas mais características da flora tropical. São por isso elementos importantes na composição do paisagismo nacional.
Muitas palmeiras são de grande importância econômica pelos diferentes produtos que delas podem ser obtidos. Os produtos destinados a alimentação humana ocupam o primeiro lugar.
Distribuição Geográfica
As palmeiras estão entre as plantas mais antigas do globo, e seus vestígios remontam a mais de 120 milhões de anos, diversas espécies ainda são encontradas fora das regiões subtropicais.
A maior ocorrência de gêneros e espécies verifica-se nas regiões tropicais da Ásia, Indonésia, Ilhas do Pacifico e América. No Brasil a chamada Zona dos Cocais, abrange extensas regiões do norte e nordeste em direção ao centro caracteriza-se babaçuais, carnaubais e biritisais, e em direção ao leste os carandasais. É assim plenamente justificada a denominação pindorama aplicada pelos indígenas para designar o território ocupado no pais pelas palmeiras.
Características das Palmeiras
As palmeiras apresentam desenvolvimento perfeitamente individualizados, caracterizado quanto a forma e aspecto. Como inúmeras plantas possuem raízes, tronco, folhas e produzem flores, frutos e sementes.
Raízes:
São cilíndricas distribuídas subterraneamente, do tipo de cabeleira no qual não se distingue uma raiz principal, sendo todas semelhantes. Outras raízes podem aparecer no caule acima do solo, principalmente quando nativas em matas úmidas. São raízes aéreas que podem ou não atingir o solo e complementar a função do sistema radicular.
Tronco:
Os caules com troncos das palmeiras tem o nome especial de estípe ou estipíte podem ser chamados didática e popularmente de caules, são alongados cilíndricos ou colunares, geralmente sem ramificações e sustentam no ápice um tufo de folhas. O tronco das palmeiras é duro não possui casca no sentido que comumente se compreende como tal nas arvores. A medula central é esponjosa e cercada por um anel protetor, forte de fibras que formam numerosos feixes verticais de tecido condutos xilemas e floemas. Sendo, porem, destituído do tecido cambial, uma vez formado não haverá aumento de diâmetro; a região principal de crescimento esta situada no ápice do tronco onde localiza-se a gema terminal com o seu tecido meristematico. Pôr ela o tronco alonga e dilata-se na base das folhas mediante deposição de novas células de dentro para fora. Pôr essa razão muitas palmeiras alcançam o máximo de diâmetro do tronco quando são ainda jovens.
As palmeias podem Ter um único tronco simples, solitário ou vários múltiplos, formando touceira. O tronco poderá ser subterrâneo, tornando-as aparentemente acules. A maioria das espécies possui tronco simples.
Folhas:
As palmeiras apresentam uma grande diversidade de folhas quanto ao tamanho, forma e divisão em diversas espécies são muito grandes e constituem as maiores do reino vegetal. São formadas essencialmente por um eixo no qual são distinguidas três partes ou regiões: bainha, pecíolo e lamina.
As folhas velhas morrem e são substituídas por outras novas, uma de cada vez. Em algumas palmeiras as folhas mortas persistem por longo tempo revestindo e escondendo o tronco, em outras as folhas caem deixando uma marca estreita semelhante a um anel, mostrando o lugar onde estavam fixadas.
Inflorecencias:
As inflorescencias juntamente com as flores constituem a parte reprodutiva das palmeiras. São formadas por um conjunto de flores localizadas numa estrutura ramificada ou não. Provem de gemas exclusivamente florais que formam-se respectivamente da base das folhas e na maioria das palmeiras são laterais e axilares.
São formadas por três elementos: braquias, raque e espigas florais.
Flores:
As flores das palmeiras são pouco atraentes por serem pequenas, geralmente desprovidas de colorido vistoso. Podem ser brancas, amarelas, rosada, avermelhadas ou esverdeadas, mas impressionam pelo grande numero. As cores são raras em palmeiras e ocorrem em partes que não as flores mas nas folhas novas. As folhas das palmeiras são hermafroditas ou quando tem ou unissexuadas.
Frutos:
Os frutos das palmeiras são muito variáveis, no tipo , cor, tamanho e forma a ponte de alguns serem dificilmente associados as palmaceas. Comumente são chamados cocos e devido ao tamanho menor, coquinhos.
As plantas que os produzem são chamadas popularmente de coqueiros, os frutos típicos são formados por três camadas mais ou menos definidos: a externa ou casca é esocarpo, liso espinhecente ou escamoso, a do meio é o mesocarpo de natureza fibrosa suculenta ou fibrosa seca, a interna que protege a semente é o endocarpo fino, membranoso, celulósico espesso ou muito duro, de textura classificada como petria ou óssea.
São tidos como do tipo drupa, isto é, de consistência carnosa ou não e com uma única semente envolvida por endocarpo. Os frutos maduros tem grande variação de colorido não raro passam por diversas tonalidades durante o amadurecimento. No geral, são de forma globosa, ovalada, cônica ou alongada; o tamanho é variável, desde cerca de um grão de arroz ou uma ervilha ate excepcionalmente grande com peso de 20kg.
Sementes:
A cavidade dos frutos das palmeiras é preenchida geralmente por uma única semente, dura e densa. A forma é variada arredondada, ovalada e cônica, as vezes alongada. Consiste principalmente em endosperma ou albumem duro, que é uma massa de tecido nutritivo no qual esta embutido o embraio pequeno e mole.
Plantio
Para o plantio das sementes das palmeiras é necessário que sejam previamente preparadas, para que a germinação ocorra com maior rapidez. Deve- se então fazer a lavagem e retirando a casca e a polpa que as envolve, algumas delas possuem substâncias que podem provocar irritações, sendo assim, tendo a necessidade de manipulação com luvas.
As sementes podem ser semeadas de imediato logo após a lavagem, isto é a qualquer época do ano.
O meio usual de semeadura e de eficiência satisfatória é representada por areia lavada de rio ou por terra vegetal, ou mesmo com esterco curtido de curral, terra argilosa e areia lavada de rio. Os canteiros devem ter no máximo 1.20 m de largura, e deve-se evitar a incidência direta do sol.
A semeadura é feita em sulcos paralelos abertos na superfície dos canteiros, numa profundidade relativa ao tamanho da semente; onde um a deve ser plantada após a outra, onde a distancia corresponde ao seu comprimento e os sulcos tem a profundidade do seu diâmetro, onde os mesmos serão cobertos pelo meio de semeadura. No caso das sementes mais volumosas, aconselha-se que sejam plantados separadamente, em um recipiente de pelo menos 4 ou 5 litros de capacidade.
Após terminada a semeadura é feita uma irrigação copiosa com jato leve, para manter o meio de semeadura sempre úmido, temperaturas baixas impedem ou retardam a germinação, são consideráveis favoráveis as entre 24 e 28O C com uma umidade relativa do ar em torno de 70%.
As mudas devem ser transplantadas para recipientes individuais após o aparecimento da 1a ou 2a folha desenvolvida. Após esse transplante devem ser mantidas a meia sombra e as regas devem ser periódicas para evitar o ressecamento.
Essas mudas devem permanecer nos novos recipientes por em media 1 ano, sendo após esse período transplantadas novamente para recipientes de 4 a 5 litros, onde ficarão por mais um ano, e logo após haverá um terceiro transplante onde a planta já desenvolvida e’ passada para um recipiente de 20 litros, onde permanecera ate o plantio definitivo.
O plantio definitivo será feito em covas de dimensões de 50 cm de comprimento, largura e de profundidade. Após o plantio não são necessários de cuidados especiais após o período de juventude.
Paisagismo
As palmeiras são de grande utilidade na criação de ambientes de aspecto tropical. Há inteira liberdade na composição com espécies para áreas extremas, tirando proveito do contraste de fatores ornamentais que cada uma possui com extensa gradação na altura e porte, troncos colunares lisos e troncos bojudos, revestidos de fibra ou pelos remanescentes das folhas já caídas, folhas em leque, planas, armadas, pinadas, crespas, arqueadas ou rijas com inúmeros tons de verde, cinza-azulado ou amarelo-alaranjado.
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