4.3.06

Nim Indiano

"Neem Tree"
(Azadirachta Indica A. Juss)
A cura natural!...Saúde!...
Planta medicinal com o extraordinário poder de curar muitas doenças importantes do corpo humano.
Defensivo agrícola excepcional para o controle das pragas na produção dos alimentos orgânicos.
A árvore Nim Indiano (em português) ou "Neem" (em inglês), de nome botânico Azadirachta Indica A. Juss, é uma planta exótica, de origem asiática, introduzida recentemente no Brasil, onde ainda é pouco conhecida.
Propriedades Medicinais
Poucas plantas apresentam tantas particularidades medicinais e farmacológicas como o "Neem".
Devido às suas propriedades bactericidas e fungicidas é usada em muitos países como eficiente remédio no tratamento de inúmeras doenças.
Propriedades Inseticidas
Inseticida e fungicida ecológico: protege as plantações das pragas e preserva o meio ambiente.
Repelente de insetos: estudos demonstram que o Nim Indiano é mais eficaz como repelente de insetos que muitos outros produtos químicos sintéticos.
Madeira
Árvore da família das meliáceas, sua madeira apresenta características semelhantes às do mogno: é de cor avermelhada, moderadamente pesada, dura e com boa resistência mecânica. Madeira repelente de insetos é usada na construção civil e para mobiliário em geral.
O nim pertence à família Meliaceae, que apresenta diversas espécies de árvores conhecidas pela madeira de grande utilidade, como o mogno, o cedro, a santa-bárbara, ou cinamomo, o cedrilho, a canjerana, a triquília, etc. É originário do Sudeste da Ásia e é cultivado em diversos países da Ásia, em todos os países da África, na Austrália, América do Sul e Central. É usado há séculos na Ásia, principalmente na Índia, como planta medicinal. Tem diversos usos, em especial anti-séptico, curativo ou vermífugo; é utilizado no preparo de sabões medicinais, cremes e pastas dentais. A árvore é usada para sombra e possui madeira de qualidade para a produção de móveis, construção, batentes e portas, caixas e caixotes, lenha, carvão,etc.Seu uso como inseticida se tornou bem conhecido nos últimos 30 anos, quando seu principal composto, a azadiractina, foi isolado. A molécula da azadiractina é muito complexa e ainda não pôde ser sintetizada; assim, todos os produtos que contêm azadiractina são produzidos por extração da planta. Os inseticidas naturais de nim são biodegradáveis, portanto não deixam resíduos tóxicos nem contaminam o ambiente.Possuem ação repelente, anti-alimentar, reguladora de crescimento e inseticida, além de acaricida, fungicida e nematicida. Por sua natureza, os extratos de nim são mundialmente aprovados para uso em cultivos orgânicos.A planta possui mais de 50 compostos terpenóides, a maioria com ação sobre os insetos. Todas as partes da planta possuem esses compostos tóxicos, porém é no fruto que se encontra a maior concentração. Esses compostos são solúveis em água e podem ser preparados de maneira simples e barata, por pequenos e médios produtores.
Azadirachta indica
Reino: Plantae
Phylum: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Meliaceae
Azadirachta indica A. Juss..
Nome comum: Idioma:
nim Português
neem Inglês
margosa Português
margosier Inglês
Descrição morfofisiológica:
Árvore de 15-20 m de altura, de casca cinza-escura e fissurada. Decidual, de copa densa, folhas compostas alternas, imparipinadas, de 10-38 cm de comprimento, com 3-8 pares de folíolos opostos ou quase opostos, lanceolados, de 3-6 cm de comprimento, acuminados, com margem serreada e base assimétrica. Flores em panículas axilares mais curtas que as folhas; pequenas, pentâmeras, de cor branca ou creme, fragrantes, com o tubo estaminal tão largo quanto as pétalas. Fruto em drupa, oblongo, de 1,2-2 cm de largura, de cor verde amarelada tornando-se púrpura, com uma semente. Floresce de fevereiro a maio e seus frutos amadurecem de junho a agosto, na área de ocorrência natural. No nordeste do Brasil, produz sementes em quantidades a partir de um ano de idade. Apresenta forte vigor de rebrota a partir das raízes. Na região de ocorrências natural da espécie, os solos podem ser ricos em matéria-orgânica, com pH alto e pouco fósforo disponível.
Dispersão:
Ornitocórica
Quirocórica
Rota de dispersão:
Uso florestal
Uso ornamental
Vetor de Dispersão:
Animal vetor
Humano
Reprodução:
Sementes
Vegetativa
Forma biológica:
Arbórea
Causa da introdução: Forma: Local: Data:
Por interesse florestal Voluntária
Para fins ornamentais Voluntária
Indústria química Voluntária
Por interesse medicinal Voluntária
Desconhecida Rondônia 2000
Uso econômico:
Plantios em fazendas para utilização do "inseticida natural" e da madeira. Tem valor para produção de inseticida das folhas e tintura medicinal veterinária e humana contra vermes, fungos, bactérias e infecções de modo geral. Produção de óleo, cobertura vegetal em áreas de cultivo como proteção contra pragas. Os frutos, sementes, óleo, folhas, casca e raízes têm os mais variados usos: antisépticos, antimicrobianos, antimalária, contra vermes intestinais e uso contraceptivo. O óleo do Nim é usado para fabricação de xampu, óleo para cabelo, tônico capilar e óleo para unhas. Do tanino da casca fabrica-se sabonete e pasta dental. A madeira é dura, relativamente pesada e usada na confecção de carretas, ferramentas, postes para cercas, casas, móveis, implementos agrícolas, lenha e carvão. Utilizada como ornamental. É espécie apícola.
Impactos ecológicos:
Transformação de ecossistemas abertos em ecossistemas fechados (de porte arbóreo), com perda de biodiversidade por sombreamento, exposição do solo e conseqüente erosão e assoreamento de cursos d'água, com impactos sobre a fauna aquática; Redução de área pastoril para animais herbívoros; Alteração do regime hídrico em ecossistemas abertos, onde substitui vegetação de pequeno porte; Supressão de outras espécies arbóreas em ambientes florestais pela ação de substâncias alelopáticas e gradativo estabelecimento de dominância.
Impacto econômico:
Tratando-se de uma espécie de difícil controle, os custos são elevados e trazem impacto negativo a propriedades rurais onde a espécie é invasora. Redução de valores cênicos para fins de ecoturismo e lazer ecológico.
Impactos sociais e culturais:
Redução de renda e viabilidade econômica no meio rural em função de custos e esforços de controle da espécie. Aumento do nível de pobreza.
Controle mecânico:
A remoção mecânica de árvores invasoras é uma tarefa que pode ser custosa e de alto impacto, devendo ser realizada com responsabilidade e pessoal treinado. O simples corte das árvores não é suficiente para eliminá-las, havendo necessidade de utilizar controle químico para ter efetividade na eliminação de plantas indesejáveis.
Controle químico:
TODO PROCESSO DE CONTROLE DEVE SER REALIZADO COM EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA E, NO CASO DE USO DE PRODUTOS QUÍMICOS, SEGUINDO A ORIENTAÇÃO DO FABRICANTE E OBSERVANDO CUIDADOS PARA EVITAR IMPACTOS AMBIENTAIS PARALELOS.
O tratamento consiste em realizar cortes sucessivos e intercalados com uma machadinha na base do tronco, com diferença de 10 cm de altura, ao redor de todo o tronco. Deve-se aplicar glifosato diluído a 2% em água a cada corte, no momento em que é feito, um a um. Quanto menor o tempo entre o corte e a aplicação do produto, maior a eficiência do resultado. Em caso de remoção das árvores para uso ou venda da madeira, o controle químico é fundamental e precisa ser realizado no momento do corte. É necessária a aplicação direta de herbicida nos tocos para evitar a geração de rebrotas, que em geral dificultam e oneram o controle posterior. Para tanto, o herbicida precisa ser aplicado imediatamente após o corte, em questão de segundos, para ter maior eficiência. O produto mais utilizado é Garlon 4, produto à base de triclopir, em concentração de 80% diluído em óleo diesel (20%). Caso não encontre Garlon, utilize Tordon a uma concentração de 7% diluído em água. Se ainda assim houver rebrotamento, as rebrotas devem ser eliminadas quando atingirem 15 a 30 cm de altura através de pulverização nas folhas, com glifosato diluído em água a 2%. A aplicação deve ser realizada com equipamento de segurança, com pulverizador de bom desempenho e precisão, sem vazamentos, e em dias sem vento para evitar impactos paralelos sobre outras espécies, solo ou água. O tratamento precisa ser repetido cada vez que as rebrotas atingirem a altura indicada. Trabalhos previamente realizados sugerem uma tendência de eliminação das plantas com quatro aplicações nas rebrotas. Dado que o tratamento é novo no Brasil, pode requerer outros ajustes e melhorias.
Controle biológico:
Na região da Caatinga, a espécie é atacada por um fungo do gênero Fusarium sp. quando sob condição de estresse. O fungo tende a ocorrer no colo da planta, debilitando-a.
Área de distribuição onde a espécie é nativa:
Ocorre naturalmente nas florestas secas do Deccan e Karnataka a do Myanmar e Sri Lanka.
Ambiente natural:
As florestas secas são de baixas estatura, biomassa, biodiversidade e incremento, com
Ambientes preferenciais para invasão:
Nas áreas onde foi introduzido, é cultivado desde o nível do mar até 1.500 m de altitude. O Nim é tolerante a maioria dos tipos de solos, incluindo secos, rochosos, rasos, arenosos e argilosos. Invasora em ecossistemas diversos, desde campos e cerrados até ecossistemas florestais e áreas degradadas, pastagens e áreas agrícolas sendo muito agressiva em áreas de Savana e de Floresta Estacional Semidecidual. Em Recife constatou-se que a espécie fica debilitada quando plantada em áreas de má drenagem, preferindo solos bem drenados.

5 comentários:

Pedrinho Araújo disse...

Muito bom o seu blog, parabéns!!!

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny

Tiburtino Lacerda disse...

Muito bom o seu blog, me poupou gastar dinheiro e trabalho inutilmente.

Tiburtino Lacerda disse...

Fiz aplicação de Tordon, no tronco de 4 árvores de Nim, com cerca de uma década de idade.Fiz furos inclinados,com uma furadeira elétrica, com broca de 8 mm de diâmetro, cerca de 10 cm de profundidade.Cerca de 6 - 8 furos por árvore e os enchi com Tordon puro, sem diluir.Isso foi feito hoje, 01/07/2021.Quando o resultado dessa aplicação se tornar patente, voltarei a comentar como foi.

Tiburtino Lacerda disse...

Hoje, cerca de um mês após a aplicação do herbicida, os 4 pés de Nim estão mortos.As folhas, completamente amareladas, nenhuma folha verde.Fiz a aplicação de Tordon, PURO, em furos inclinados para baixo, abertos nos troncos das árvores, por meio de broca de 10 mm de diâmetro, furos no comprimento total da broca, que fica para fora do mandril.Foram feitos cerca de 8 furos em cada pé de Nim.Imediatamente depois de furado, cada furo foi preenchido com Tordon puro, até não caber mais.Depois de aplicado nas 4 árvores, repassei, enchendo novamente os furos.Tive 100% de sucesso, todas as árvores morreram.