13.3.12

Apicultores recebem incentivos para aumentar produção do mel




Cento e dezesseis agricultores familiares, das Regiões do Curimataú, Brejo e Agreste do Estado da Paraíba, recebem incentivos do Sebrae, Projeto Cooperar, Banco do Brasil e a Universidade Federal da Paraíba (UFCG), para incrementar a cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura. O resultado do trabalho realizado com apoio do Governo estadual, apresentou um aumento na produção do mel em 2005, de 20%, em relação á produção anterior.

Os apicultores, que participam do Projeto APIS no Curimataú/Seridó, coordenado pelo gerente regional do Sebrae (agência de Araruna), Edílson Batista de Azevedo, estimam um crescimento na produção do mel, até o final deste ano, em 30%. Em 2004 eles conseguiram uma prudução de oito toneladas, subindo ano passado, para 10 toneladas.

Organizados em pequenas associações, os 116 apicultores, estão – agora – empenhados na instalação de um entreposto, na cidade de Bananeiras. A unidade, que será construída em uma área de 250 metros quadrados, já conta com a garantia dos recursos financiados pelo Banco do Brasil, a fundo perdido, no valor de R$ 80 mil. As obras serão iniciadas ainda este mês, conforme Edílson Batista. Quando pronto, o entreposto receberá toda a produção do mel das regiões monitoradas pelo projeto. A unidade será gerenciada por um condomínio de apicultores, cujo processo encontra-se em andamento.

Outro projeto que merece referência é o desenvolvido pela Emepa - Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária – de Lagoa Seca, na região do Brejo, que beneficia comunidades carentes e está expandindo a atividade por diversos municípios da região, gerando emprego e renda para muitas famílias.

O projeto dispõe da instalação de apiários nas propriedades de produtores beneficiados, que recebem informações sobre as técnicas fundamentais para a criação. Os pesquisadores garantem que a apicultura é uma atividade lucrativa que não requer muitos custos para a manutenção. Graças ao incentivo da Emepa, a arte de criar abelhas vem registrando crescimento na Paraíba nos últimos anos. Num levantamento realizado pela empresa há mais de dois anos, foi detectada a existência de 30 associações de criadores no Estado. Atualmente, estima-se que mais de 190 já estejam organizadas.
Assistência aos apicultores é contínua
A assistência técnica aos apicultores, segundo Edílson, é contínua, sendo realizada pelos agentes de Desenvolvimento Rurais, treinados e capacitados para o trabalho. “Essa assistência tem contribuído para influenciar o crescimento da produção das coméias, que subiu em 2005 em 10%, em comparação ao ano anterior”, afirma Edílson, lembrando que os apicultores também participam de palestras, seminários e outras atividades ligadas à apicultura.

Se não houver imprevisto no projeto, conforme Edílson, espera-se um crescimento na produtividade média por coméia, até dezembro de 2007, em 25%, sendo 10% até o final deste ano. Outros resultados esperados até dezembro deste ano são o aumento da renda média mensal dos apicultores/meliponicultores em um salário mínimo e o crescimento do número de coméias das 1.400 para 1.700 até dezembro de 2006, além do aumento, em 30%, do número de pessoas ocupadas na atividade.

Entre os municípios que participam do projeto APIS no Curimataú/Seridó, destacam-se: Nova Floresta, Cuité, Picuí, Bananeiras, Araruna, Campo de Santana, Dona Inês, Solânea, Araruna, Remígio e Esperança.
Produto é rentável e preserva a natureza
De acordo com os apicultores, a criação de abelhas não é só um negócio rentável, mas um bom artifício na preservação do meio ambiente, contribuindo inclusive, na proliferação do pomar. Os biólogos garantem que os apiários instalados próximos às plantas que produzem flores, favorecerão uma produção do mel bem maior e de melhor qualidade por conta da quantidade de pólen sugado pelas abelhas.

Dependendo da região, uma colméia pode chegar a produzir mel até quatro vezes por ano. A Uruçu pode ter o mel produzido para fins medicinais e, se bem tratados e instalados, os enxames podem fabricar até mesmo 10 litros de mel/ano cada colméia, devendo-se levar em conta que um apiário pode ser formado pela quantidade de colméias que o produtor puder manter.

Em ambientes com variedade e quantidade excessiva de pólens as abelhas reduzirão as despesas dos produtores, porque terão os alimentos fornecidos pela própria natureza, embora o pólen também possa ser comprado em casas especializadas.

O mel produzido no Nordeste, incluindo a Paraíba, é considerado um dos melhores do mundo, tendo boa aceitação nos países europeus, segundo os pesquisadores. Dentro do país, o mel paraibano é o mais consumido no Sul e Sudeste. Infelizmente, o hábito de comer melado pelos paraibanos ainda é pouco, um costume que deveria ser seguido por causa dos nutrientes que o mel possui e que poderia servir como alimentação suporte para todas as pessoas. Uma das indicações seria inserir o produto no cardápio da merenda escolar

fonte: http://jornaldaparaiba.globo.com/cida-03-080106.html

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