12.7.08

Arborização Urbana

Na cidade de São Paulo a importância da arborização urbana é potencializada em virtude da grande carência de áreas verdes: em muitos bairros o espaço disponível para o plantio de árvores se limita a calçadas, pois o estoque de terrenos destinado à implantação de parques e praças se esgotou, como conseqüência da ocupação por favelas ou mesmo da sua utilização para outros fins, pelo próprio poder publico.
Nas ultimas cinco décadas o município de São Paulo vem sendo impermeabilizado por cimento e asfalto, numa ocupação desenfreada que se expandiu, sem planejamento, para a periferia, destruindo as matas nativas e as áreas verdes. Só nos últimos 13 anos a capital perdeu 30% da cobertura vegetal, a temperatura aumentou, e a qualidade de vida piorou.
Estes são os primeiros dados do projeto Atlas Ambiental do Município de São Paulo, que vem sendo feito por professores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Botânica da secretaria do Meio Ambiente do Estado. Paralelamente o projeto Biota/FAPESP esta integrado ao Projeto Atlas.
Outro projeto de grande relevância para o município de São Paulo é o Projeto Pomar, que tem como objetivo reintegrar o Rio Pinheiros à cidade por meio de parceria da Secretaria do Meio Ambiente com 11 empresas. Já foram arborizados 14km da margem do rio, o que melhora o paisagismo e gera empregos para população.
Na área de arborização urbana, já foram identificados alguns problemas, tais como, o uso de várias espécies – quaresmeiras, ligustro, sibipiruna, espatódea, paineira e oiti – das quais só a paineira é nativa de São Paulo. A Avifauna só retornará para região se houver ampliação da diversidade vegetal. O uso de erronio de árvores prejudica as vias públicas, danificando fios elétricos, calçadas e vias, impedindo o trafego de automóveis e pedestres. A poda inadequada, a depredação e a poluição, são os principais fatores que levam a morte das árvores da cidade. A perda da eficiência da iluminação pública, entupimento de calhas e bueiros e danos aos muros e telhados, são outros problemas. Não há estimativa de quantas árvores o município possui, nem quais são todas as espécies utilizadas. Muitas são plantadas por moradores, o que dificulta a obtenção de dados.
Entretanto há diversos aspectos positivos como: a importância da árvore como filtro ambiental, reduzindo os níveis de poluição do ar através da fotossíntese; as cortinas vegetais são capazes de diminuir o teor de poeira e propagação de sons; equilíbrio da temperatura ambiente; redução da velocidade dos ventos; redução do impacto das chuvas; constituir refúgio indispensável à fauna remanescente nas cidade; a harmonia paisagística e ambiental do espaço urbano.

Angico

Nome Científico: Anadenanthera colubrina.
Nomes Populares: Angico, angico-vermelho, angico-preto, angico-do-campo, curupaí, angico-de casca, açácia-angico e Angico branco (Anadenanthera colubrina; Piptadenia colubrina). Também chamada Cambuí em alguns locais.

Descrição: Espécie de grande porte, porém de copa larga, nos meses de Setembro a Outubro, após perder as folhas, fica coberta de flores brancas. Os nomes Angico vermelho e Angico branco se confundem um pouco, dependendo da região. Esta arvore é considerada uma das melhores madeiras para construção, em especial civil e naval. É usada para confeccionar dormentes, empregada na carpintaria, marcenaria e também para a produção de lenha e carvão. Devido à riqueza em tanino, a casca foi muito empregada nos curtumes, quando a planta era encontrada em abundancia. Diversas árvores, todas do mesmo gênero, são popularmente conhecidas no Brasil como angico, e tem o reconhecimento popular, quanto às suas propriedades terapêuticas.
Ocorrência Geográfica: Do Maranhão até São Paulo, principalmente no Nordeste, estende-se por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Árvore característica das capoeiras e florestas secundárias. Bastante freqüente nos cerrados e matas de galerias no Brasil Central.
Propriedades Medicinais:
Parte Empregada: Casca e Goma.
É um excelente obstipante, diaforético e febrífugo. A decocção de sua casca é empregada no combate de diarréias, disenterias e anginas. Antigamente sua goma era dissolvida em água morna adicionada de açúcar, para ser ingerida nos casos de tosse, bronquite e outras afecções das vias respiratórias.
Adstringente; hemostática; béquica; antitérmica; depurativa; emoliente; peitoral; antifúngica.
Como usar:
Feridas e Cortes: Tintura. 200 g de casca para 1 litro de álcool 70º, usado externamente quando necessário.
Bronquite e tosse: Infusão com 8 g de casca de angico para 200 ml de água fervendo. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia. Xarope: 50 g de casca de angico para 600 ml de água fervendo. Coar e fazer xarope com açúcar escuro e rapadura. Tomar uma colher de sopa para adulto ou uma colher de chá para crianças acima de 2 anos , e vezes ao dia.
Bronquites: Infusão com 8 g de goma para 250 ml de água morna , adoçada com açúcar ou mel. Tomar uma colher de sopa para adulto ou uma colher de chá para crianças acima de 2 anos, 3 vezes ao dia.
O chá também pode ser tomado contra diarréias ou desinterias.

Cultivo
O angico e as demais espécies do gênero são geralmente encontradas em terras de inferior qualidade. Podem ser cultivadas em várias áreas desde o Maranhão até a Argentina. Desenvolve bem em regiões de mata; cerrado e caatinga, Vegeta em terra secas, com crescimento rápido. Vegeta tanto em terrenos arenosos como argilosos, tendo preferência por terrenos altos e bem drenados. O desenvolvimento das mudas é rápido. Pode-se usar como ornamental e na arborização de parques e jardins.
Toxidade: Nós aprendemos com o povo, que as folhas murchas do angico são tóxicas para o gado e que, inclusive, são utilizadas como defensivo natural, mas desconhecemos o principio ativo que provoca a intoxicação. Segundo Barbosa, através de testes fitoquímicos, confirmou-se que a espécie Anadenanthera macrocarpa, apresentava alcalóides em sua composição. A espécie A. peregrina, comum na Amazônia, conhecida vulgarmente como paricá e semelhante à A. macrocarpa, é usada pelos índios que utilizam as sementes torradas reduzidas a pó, como rapé estupefaciente. Esta planta possui em suas sementes o alcalóide bufotenina, semelhante a psilocibina do psilocibes mexicana, cogumelo alucinógeno. A espécie A. colubrina, era usada da mesma forma pelos índios da Argentina e do Peru nos tempos pré-coloniais. Em 1955, Evarts e seus colaboradores assim descreveram os efeitos da Bufotenina (Dimetil-amino-5-hidroxitriptamina ou DMT):
a) Produz efeitos policrômicos, alucinógenos (cores muito brilhantes), semelhantes aos que produzem com o LOSD-25, talvez com maior duração;
b) Causa alterações muito marcadas de lapso de tempo, percepção com tendência ao automatismo muito maior que a provocada pela mesclina;
c) Como se sabe, além de alucinações o alcalóide produz psicose, cianosis, respiração ansiosa, parestesia, midriases e nistagmus.
Composição Química:
Folhas: esteróides; alcalóides; flavóides; tapinos.
Caule: esteróides; flavonóides; taninos.

Andiroba

Carapa guianensis Aubl.
Identificação
Família: Meliaceae.
Nomes vulgares: andiroba, andirobeira, andirobinha,
andiroba-do-igapó, carape, jandiroba, penaiba, entre
outros.
Sinonímia: Carapa macrocarpa Ducke, C. nicaraguensis de
Candolle, entre outras.
Espécie relacionada de maior interesse: as espécies
Carapa guianensis e C. procera são conhecidas pelos mesmos
nomes vulgares, sendo utilizadas no comércio sem
distinção.
Usos da espécie
É uma espécie de uso múltiplo; a madeira e o óleo
extraído das sementes são dois dos produtos mais
importantes. Entre as espécies nativas da Amazônia, a
madeira da andiroba é uma das mais estudadas, sendo
considerada nobre e sucedânea do mogno.
O óleo é usado na preparação de sabão e de
cosméticos. Recentemente, a Fundação Osvaldo Cruz
lançou no mercado velas de andiroba que são indicadas
para repelir mosquitos transmissores de doenças, como
o da dengue e o da malária. Alguns grupos indígenas e
populações tradicionais utilizam o óleo como repelente
de insetos e no tratamento de artrite, distensões
musculares e alterações dos tecidos cutâneos.
Popularmente, o chá da casca e das flores é usado
como remédio para combater infecção bacteriana e o
chá do cerne como fungicida.
Descrição botânica
Árvore grande, podendo atingir até 55m de altura,
com fuste cilíndrico e reto de 20-30m. A casca é grossa e
amarga, de cor avermelhada ou acinzentada e desprendese
em grandes placas. A copa, de tamanho médio, é
densa e composta por ramos eretos. As folhas são alternas,
compostas e paripinadas, com vestígio de 1 folíolo terminal;
medem geralmente entre 50 e 75cm de comprimento,
chegando até 90cm. Cada folha possui 3-10 pares de
folíolos opostos ou sub-opostos, com 10-50cm de
comprimento; o ápice dos folíolos varia entre acuminado,
agudo e arredondado, enquanto a base é desigual e
assimétrica. A inflorescência é uma panícula de 20-80cm
de comprimento; as flores são unissexuais com 4 meras,
de cor branca a creme, levemente perfumadas e 4,5-7mm
comprimento. A planta é monóica. O fruto é uma cápsula
com 4 valvas, de forma globosa ou sub-globosa, medindo
geralmente entre 5 e 11cm de diâmetro e pesando entre
90 e 540g; cada fruto pode conter entre 1 e 16 sementes.
As sementes de cor marrom podem apresentar grande
variação de forma e tamanho; foram encontradas
sementes pesando entre 1 e 70g e medindo entre 1 e 6cm
de comprimento. As sementes de Carapa guianensis
apresentam hilo maior do que as de C. procera; o hilo não
possui uma saliência delimitante e normalmente
apresenta resíduos de tecidos da placentação aderidos.
A plântula apresenta epicótilo com 9-17cm de altura
quando surgem as primeiras folhas, que são alternas,
glabras, normalmente compostas, paripinadas ou
imparipinadas. O hipocótilo não se desenvolve e os
cotilédones permanecem na semente. Neste estágio, a
raiz primária é comprida, lenhosa, resistente e de
coloração marrom; as raízes secundárias são finas, densas
e de cor castanho claro.
Ecologia
Ocorre no sul da América Central, como também na
Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Brasil,
Peru, Paraguai e nas ilhas do Caribe. No Brasil, ocorre do
nível do mar a até 350m de altitude, em toda a bacia
Amazônica, tanto nas florestas de terra firme como nas
florestas temporariamente alagadas (várzeas e igapós),
ao longo dos rios e riachos e próximo aos manguezais. As
sementes flutuam e podem ser dispersas através da
correnteza dos cursos d’água. Porém, em floresta de terra
firme, a maioria dos frutos e sementes é encontrada
embaixo da árvore-matriz. No período de dispersão, as
sementes são muito predadas por roedores, tatus, porcosdo-
mato, pacas, veados, cotias, etc.
Floração e frutificação
Na região de Manaus, floresce anualmente entre
dezembro e março e os frutos podem ser coletados entre
abril e julho. Porém, em casos isolados, foram observados
frutos maduros ao longo do ano.
Obtenção de sementes
Os frutos ou as sementes são coletados embaixo das
árvores-matrizes, preferencialmente logo após a queda
natural. Para evitar acidentes, nesta ocasião recomendase
o uso de capacetes, devido ao peso dos frutos.
As sementes não toleram dessecamento, portanto
recomenda-se o seu transporte em sacos plásticos.
Informativo Técnico
Versão impressa ISSN 1679-6500 Versão on-line ISSN 1679-8058
Informativo Técnico Rede de Sementes da Amazônia Nº 1, 2003
Beneficiamento
A extração das sementes deve ser feita o mais breve
possível, abrindo as cápsulas através de um leve impacto
e liberando as sementes manualmente. Foi registrada a
produção de até 180-200kg de sementes/planta/ano. O
teor de água das sementes recém-coletadas varia entre
42 e 55%, 1000 sementes pesam entre 20 e 33kg e 1kg
pode conter 30-50 sementes.
Armazenamento das sementes
As sementes são recalcitrantes, sendo que o
dessecamento abaixo de 20% de água é letal. Atualmente,
o melhor resultado foi obtido com sementes recémcoletadas
armazenadas com alto teor de água, por 7
meses, em sacos plásticos finos sob ambiente com arcondicionado
(24% de germinação) ou em câmara úmida
a 12ºC (39% de germinação); as sementes mantidas em
geladeira não sobreviveram.
Germinação das sementes
A germinação é hipógea e criptocotiledonar.
Normalmente, não se aplica tratamento pré-germinativo.
Conforme a procedência, há variação na espessura do
tegumento, que pode retardar o processo de germinação.
Em laboratório, o tegumento pode ser retirado após leve
secagem à sombra por cerca de 2 dias, facilitando o seu
desprendimento manual. Dependendo da espessura do
tegumento, o processo de germinação inicia-se entre 6 e
26 dias e pode apresentar elevada taxa de germinação
(>90%), após alguns meses. A semeadura pode ser feita
em sementeira, contendo areia ou solo, ou diretamente
em sacos plásticos contendo solo.
Propagação vegetativa
Não foram encontradas informações sobre métodos
vegetativos.
Produção de mudas no viveiro
Recomenda-se utilizar substrato rico em material
orgânico. A partir de 4 meses, as mudas podem ser
transferidas para o local definitivo. Devido ao tamanho
das sementes e ao rápido desenvolvimento das plântulas,
a semeadura direta no campo é outro método fácil e
eficiente, quando não há risco de predação.
Fitossanidade
A broca Hypsipyla ferrealis infesta principalmente o
fruto, danificando as sementes. Recomenda-se colocar
as sementes, após a sua extração do fruto, imersas em
água, por pelo menos 24 h, para eliminar as larvas por
afogamento. O plantio pode sofrer o ataque da brocado-
ponteiro (Hypsipyla grandella), mas em menor
intensidade que os de cedro ou de mogno. Plantios em
ambientes abertos são significativamente mais atacados
por insetos do que os de ambientes sombreados.

Alelopatia

1. ALELOPATIA
Alelopatia é um termo criado por Molisch (1937) a partir das palavras gregas alleton (mutuo) e Phatos (prejuízo). Para Molisch, que primeiro usou este termo engloba todas as interferências desencadeadas entre plantas e microorganismos, provocadas pela liberação de substancias químicas por eles elaboradas, através de tecidos vivos ou mortos. No entanto, o termo pode ser aplicado a interações químicas entre outros organismos, tais como:
- interações químicas entre plantas da mesma espécie ou entre espécies diferentes;
- Interações químicas entre plantas e insetos;
- Interações químicas entre plantas e herbívoros;
- Até mesmo todas as interferências entre os seres vivos, provocadas por substancias químicas por eles elaboradas, quer ocorresse ou não no reino vegeta.
As substancias alelopáticas são também denominadas aleloquímicos ou produtos secundários e possuem uma terminologia específica de acordo com a natureza do agente doador e receptor destes compostos, portanto, podem ser classificados em :
- antibióticos – para substâncias produzidas por microorganismos que afetam outros microorganismos;
- mirasminos – produzidos por plantas que atuam sobre microorganismos;
- fitocidas – para os elaborados por microorganismos com efeito sobre as plantas;
- colinos – quando tanto o doador quanto o receptor são plantas.
Acredita-se que o número de compostos aleloquímicos ultrapasse a centenas de milhar, e podem ser agrupados de acordo com os grupos químicos que os constituem.



2. FUNÇÃO NOS ORGANISMOS
A principal função dos produtos secundários é de proteção dos organismos que os produzem. A sua ação não é muito específica, podendo uma mesma substância desempenhar várias funções, dependendo mais da concentração, translocação e destoxicação,que da própria composição química Um composto tóxico para uma espécie, pode ser inócuo para outra.
· Na defesa contra patógenos, atuam principalmente os aleloquímicos localizados na epiderme das folhas, caules e outros órgãos, muitas vezes associados aos lipídios e polissacarídeos.
· Plantas aromáticas liberam substâncias alelopáticas na forma gasosa impedindo a germinação de esporos ou o desenvolvimento da patógenos.
· Na proteção das plantas contra pragas, os aleloquímicos podem ser venenosos para os insetos que delas se alimentam, ou atuarem indiretamente como atraentes ou repelentes.
· A defesa das plantas contra animais superiores é semelhante à ação contra as pragas, tendo a maior parte das substâncias sabor amargo e/ou adstringente.



TAB.1 COMPOSTOS ALELOPÁTICOS OU ALELOQUÍMICOS.

GASES TÓXICOS
(PRODUTOS QUÍMICOS VOLATEIS)

SÃO LIBERADOS POR HIDROLISE DE VÁRIOS COMPOSTOS (AMIGDALINA, DURRINA E LINAMARINA) PODENDO LIBERAR HCN (CIANOGENESE)

- INIBEM A GERMINAÇÃO DE SEMENTES;
- AFETAM O CRESCIMENTO RADICULAR


ÁCIDOS ORGANICOS

ÁCIDOS MÁLICO E CITRICO.
ÁCIDOS SIMPLES ALIFÁTICOS FORMAM-SE DA DECOMPOSIÇÃO ANAERÓBICA DE RESÍDUOS VEGEGETAIS NO SOLO. ACETALDEIDO.





- INIBIDORES DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES


ÁCIDOS AROMÁTICOS

ÁCIDOS AROMÁTICOS – DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO E BENZÓICO;
- ALDEIDOS E FENOIS. SÃO ENCONTRADOS NO SOLO EM RESÍDUOS VEGETAIS.


- TOXINAS DO SOLO LIBERADAS QUANDO OCORRE A DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS VEGETAIS.

LACTONAS SIMPLES
INSATURADAS
DERIVADAS DOS ACETATOS.
- ÁCIDO PARASÓRBICO

- INIBIDORES DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES.


COUMARINAS
- LACTONAS DO ÁCIDO HIDROXICINÂMICO.
ESCULIJNA E PSORALENO, SÃO ENCINTRADAS NOS GRÃOS DE LEGUMES E CEREAIS.

- INIBIDORES DA GERMIINAÇÃO DE SEMENTES.

QUINONAS
JUGLONA ENCONTRA-SE NAS FOLHAS, FRUTOS E CASCA NA NOGUEIRA NEGRA
- IMPEDE QUE DEBAIXO DA COPA E NA ÁREA ONDE SE DESENVOLVE AS RAÍZES CRESCAM OUTRAS ESPÉCIES.

FLAVONÓIDES
FREQUENTE EM PLANTAS SUPERIORES (EX: RAIZES DE MACIEIRAS)
- INIBE O CRESCIMENTO DAS PLÂNTULAS DA PRÓPRIA ESPÉCIE E ALGUNS DE SEUS DERIVADOS SÃO TÓXICOS PARA OUTRAS .

TANINOS
(hidrossolúveis e condensados)
HIDROSSOLÚVEIS: ÉSTERES DO ÁCIDO GALICO E MISWTURAS COMPLEXAS DE DIVERSOS ÁCIDOS FENÓLICOS

INIBIDORES DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES, DO CRESCIMENTO DE PLANTAS E TAMBÉM DAS BACTÉRIAS FFIXADORAS DE NITROGENIO.

ALCALÓIDES
COMPOSTOS CICLICOS CONTENDO NITROGÊNIO EM SUA CADEIA (EX: COCAINA E FISOSTIGMINA)

POTENTES INIBIDORES DA GERMINAÇÃO, COMO POR EXEMPLE DA SEMENTE DE TABACO, CAFÉ E CACAU.
TERPENÓIDES E ESTERÓIDES
MONOTERPENÓIDES – FORMAM A MAIORIA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS PLANTAS .
ALGUNS FUNGOS TAMBÉM PRODUZEM TERPENÓIDES.
INIBIDORES DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES.
NO CASO DOS FUNGOS, SUSPEITA-SE SEREM RESPONSÁVEIS PELA DESTRUIÇÃO DE TECIDOS EM PLANTAS SUPERIORES.

3. LIBERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
As plantas têm capacidade de produzir aleloquímicos em todos os seus órgãos, porém não precisam ser necessariamente iguais quimicamente ou nas mesmas concentrações. Outro fator que contribui para definir a concentração e a natureza do composto é a idade do vegetal. Tais fatores estão relacionados com as diversas maneiras de liberação destas substâncias no meio ambiente.
· Volatilização
Comum nas plantas aromáticas e uma vez volatizados podem ser absorvidos diretamente pela cutícula das plantas vizinhas, condensados no orvalho, ou entrarem na atmosfera do solo, onde permanecem no estado volátil, são absorvidos pelas partículas ou se dissolvem na água. Expandem-se rapidamente no ar, sendo seus efeitos sentidos a longas distâncias.
· Exudação pelas raízes
As plantas exudam pelas raízes inúmeros produtos químicos, alguns dos quais com características alelopáticas. É difícil identificar com precisão se as substâncias alelopáticas encontradas no solo são provenientes das raízes ou se são produzidas pelos microorganismos a elas associados ou se são liberadas pela decomposição dos resíduos orgânicos. A quantidade e a natureza química diferem com a espécie e idade da planta, temperatura, intensidade luminosa, disponibilidade de nutrientes, atividade microbiana da rizosfera e composição do solo em que se encontram as raízes.
· Lixiviação
Lixiviação é a remoção das substancia químicas das plantas vivas ou mortas por ação da água. A quantidade de lixiviados depende da espécie, constituição e idade do tecido vegetal, condições edafoclimáticas e da intensidade da chuva. Os lixiviados contém substância orgânicas e inorgânicas, que tanto podem ser tóxicas como alcalóides, terpenóides como inócuas ou estimulantes como aminoácidos, açúcares e vitaminas.

4.MECANISMOS DE AÇÃO
Os mecanismos de ação das substâncias alelopáticas são muito semelhantes aos dos herbicidas e como estes, na maior parte dos casos afetam mais de uma função e provocam efeitos colaterais difíceis de se distinguir dos principais.
· Assimilação de nutrientes
Um dos sintomas atribuídos a alelopatia diagnosticado com maior freqüência nas plantas é o da inibição da assimilação do nutriente. EX: ácidos fenólicos, ácido salicílico e ácido ferúlico, além dos flavonóides.
· Crescimento
Alguns taninos inibem a ação das giberelinas nas plântulas de ervilha, e a coumarina, ácido cinâmico e diversos compostos fenólicos nas de outras espécies.
· Fotossíntese
Alguns ácidos fenólicos reduzem a fotossíntese, afetando o transporte de elétrons e a fosforilação nos cloroplastos.
· Respiração
Alguns compostos químicos isolados do solo inibem a respiração radicular das plantas, tal como a juglona, que reduz em 90% a respiração das raízes do milho. Os flavonóides alteram a produção de ATP nas mitocôndrias de diversas plantas, atuando no mecanismo de fosforilação.
· Síntese das proteínas
Os ácidos ferúlicos e coumarinas impedem a incorporação de carbono nas proteínas da semente e dos embriões de rosas e as quinonas na das algas.
· Permeabilidade da membrana celular
A permeabilidade iônica da membrana citoplasmática é alterada por diversas substancia alelopáticas. Ex: ácido salicílico, ácidos fenólicos( que provocam perdas consideráveis de potássio dos tecidos das raízes das pla ntas)
· Atividade enzimática
Os ácidos clorogênico e cafeico impedem a atividade da fosforilase na batata e o tanino da peroxidase, catalase, celulase, amilase e diversas outras enzimas em diversas plantas.

Jabuticaba

Nome popular: jabuticaba preta - jabuticabeira Nome científico: Myrcia cauliflora Berg; Myrthus Jaboticaba. Origem: Brasil - Mata Atlântica. Ocorrência Geográfica: A jabuticaba é uma arvore típica do Brasil, mais comum em São Paulo, Espírito Santo, Rio de janeiro e Paraná. Adapta-se também em climas tropicais e pode tolerar geada de pouca duração. Hábito: É uma arvore de tamanho médio, apresentando tipos diferentes, nas diversas regiões. De fato, a Universidade Federal de Viçosa, reuniu doze variedades diferentes. Porém, as mais comuns são a Myrciaria jabuticaba (Berg): Sabará, jabuticaba-murta e Myrciaria cauliflora (Berg): jabuticaba paulista, jabuticaba-Açu. É uma arvore de tronco liso, flores brancas, frutos redondos com casca roxo-negro ou avermelhado que crescem pegados ao tronco, cobrindo-o e subindo pelos galhos. É de crescimento lento e foi observado que quando plantada de forma isolada, dá poucos frutos. Porém, quando são plantadas próximas umas das outras, seu desenvolvimento é mais rápido e a produção de frutos é maior. Fruto: arredondado de coloração roxo-escura, com polpa esbranquiçada, adocicada, envolvendo de 1 a 4 sementes. Surge de agosto a setembro e janeiro a fevereiro. Uso Medicinal: O chá da casca é usado no tratamento da diarréia e disenteria. O cozimento, para uso externo no caso de erisipela. O bagaço dos frutos é adstringente, sendo usado em cozimento de combate de diarréias e em gargarejos para os casos de amidalite crônica. A entrecasca do tronco (a película transparente que fica entre a casca e a polpa) é considerada como um bom remédio contra a asma.Como usar: Asma: indica o cozimento da entrecasca na cura da asma e hemoptises. Fazer um chá com 8 g da entrecasca em 1/2 litro de água e tomar um copo pela manhã. Cascas, por decocção: Hemoptises, asma, diarréia, desinteria. Amidalite crônica: Ferver 30 g de bagaço da fruta em 1/2 litro de água, coar e fazer gargarejo várias vezes ao dia. Gargarejos: Afecções crônicas das amídalas. Uso Nutricional: A jabuticaba pode ser consumida ao natural ou na forma de doces, geléias, licores, vinagres e vinhos. Tudo o que se pode fazer com a uva, pode ser feito com as jabuticabas. Na industria, o fruto é usado no preparo de aguardente, geléias, jeropiga (vinho artificial), licor, suco, xarope e vinagres. Do ponto de vista nutricional, a jabuticaba é uma boa fruta para ser consumida, pois além das vitaminas, possui sais minerais, macronutrientes como cálcio, magnésio, macronutrientes como cálcio, magnésio, enxofre, sódio, potássio e micronutrientes como cobre, manganês, zinco, boro, alumínio, todos eles necessários para a manutenção de uma boa saúde. A jabuticaba apresenta riqueza de sais minerais e vitaminas. ë uma excelente fonte de vitamina C , portanto é bom que seja consumida por doentes , para prevenir gripes, melhorar o sistema imunológico e para a manutenção de uma boa saúde. Poucas frutas tem o teor de niacina semelhante a jabuticaba. É bom lembrar que a niacina é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso. Infelizmente, as frutas nacionais parecem não ser muitos importantes para nossos cientistas, pois são poucas as pesquisas com relação ao valor nutritivo e a composição química das mesmas. Jabuticaba é fruta silvestre, de cor roxo-escura ou negra, segundo a variedade da planta, e polpa suculenta, mole e esbranquiçada. Pode ser consumida ao natural ou usada para fazer doce, geléia, licor ou vinho. É rica em ferro e contêm, em menores quantidades, cálcio e fósforo. Também fornece algumas vitaminas, principalmente a C, sendo comprada por quilo. A vitamina C dá resistência aos tecidos e age contra infecções; e os sais minerais são importantes para o organismo porque contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue. XaropeO xarope de jabuticaba é de cor vermelha, gosto ligeiramente adstringente, lembrando um pouco o tamarindo, e serve para o preparo de refrescos e sorvetes. O xarope leva os seguintes ingredientes: 1 kg de jabuticabas, ½ litro de água e 1 ½ kg de açúcar. Como fazer: 1) ferver as jabuticabas na água até que desmanchem; 2) coar o suco em flanela; 3) juntar o açúcar e levar ao fogo até consistência de xarope, tirando sempre a espuma. GeléiaA jabuticaba dá excelente geléia de cor de vinho, cheiro e gosto que lembrem a geléia de uva preta ácida. Somente dá geléia que pode ser cortada, quando ao suco da fruta é adicionada a gelatina ou a pectina. A pectina é uma substância vegetal indispensável ao fabrico da geléia, e como a jabuticaba não a possui em quantidade suficiente, é preciso adicioná-la. A pectina encontra-se no comércio e na sua falta pode-se extraí-la facilmente do albedo da casca da laranja. Para extração da pectina: tirar a “pele branca” de 8 (100 gramas) de laranjas, descascando primeiramente as mesmas de modo a retirar toda a parte amarela amarga. Somente a parte branca, isenta de sumo, é aproveitada, devendo ter o máximo cuidado em não deixar pedaços amarelos. Juntar à “pele branca” meio litro de água e caldo de meio limão. Deixar em repouso de um dia para outro, depois ferver ligeiramente e coar em flanela o caldo grosso que encerra a pectina de laranja. Ingredientes: 460 g de jabuticabas; 460 g de água; 580 g de açúcar; 300 g de pectina de laranja.Como fazer: 1) ferver as jabuticabas na água durante 20 minutos e esmagá-las; 2) coar e esmagá-las; 3) juntar o suco da fruta, o açúcar e a pectina; 4) ferver em fogo forte durante 45 a 60 minutos até o “ponto” de geléia, tirando sempre a espuma rósea que se forma. VinagreO vinagre de jabuticaba, muito perfumado e ligeiramente adstringente, tem, como o vinho, a cor rubi. O fabrico do vinagre leva os seguintes ingredientes: 10 kg de jabuticabas, 5 litros de água e 2,5 litros de vinagre forte não pasteurizado. Acetificação: 1) esmagar as jabuticabas; 2) juntar a água; 3) deixar fermentar alcoolicamente até cessar a produção de gás; 4) filtrar; 5) juntar um vinagre forte qualquer; 6) deixar avinagrar em barril deitado (sistema Orleans) ou vidro coberto com filó. Outros Usos: As cascas servem para produzir um corante usado para vinhos e vinagres, em substituição do sabugueiro, flores de malva e papoulas que devem ser importadas. A madeira, por ser muito resistente, é usada na construção para dormentes, esteios, vigamentos, etc. Cultivo Gosta de clima temperado, embora se dê bem em climas subtropicais, e pode resistir a curtos períodos de geada. Os melhores solos são os silico-argilosos profundos, bem adubados e drenados. É melhor plantar a jabuticaba no período das chuvas e utilizando enxertos, pois assim a produção dos frutos acontecerá mais cedo. Com irrigação a jabuticaba poderá florear duas vezes no ano, aumentando assim sua produção. A jabuticabeira prefere solos profundos e ricos em matéria orgânica. E exige muita água. Desenvolve-se em qualquer tipo de clima e solo. O crescimento é lento e o plantio deve ser feito na época das chuvas, por semente ou enxertia. Composição Química A myrciaria jabuticaba apresenta na sua composição química glucosa, frutosa, sucrose, acido cítrico, acido oxálico, pigmentos antocianicos como a peonidina e peonidina-3-glucosida. Dos carboidratos estruturais os mais abundantes são a celulose e hemicelulosa presentes em toda a fruta. Pectina presente em menor porcentagem e vai diminuindo na medida que a fruta amadurece. Aumento dos açucares não estruturais (sacarose, glucose, e frutose) se dá com o amadurecimento do fruto. A presença de açucares na pele é praticamente desprezível. Presença de amido mais abundante nas sementes que na polpa. Fruta com elevado valor nutritivo é riquíssima em vitaminas do Complexo B, principalmente B2 e Niacina, aparecendo em menor quantidade a vitamina C e, ainda, sais minerais como Ferro, Cálcio e Fósforo. As vitaminas do Complexo B têm como principais funções evitar problemas de pele e reumatismo. São essenciais ao crescimento e evitam a queda dos cabelos. Conservação: Quando escolher prefira as jabuticabas viçosas, firmes, brilhantes, sem rachaduras. Como é fruta que se estraga com muita facilidade, consuma a jabuticaba no mesmo dia da compra. . Ao comprar jabuticabas, dê preferência às graúdas, sem rachaduras ou picadas de insetos. Antes de consumir, aconselha-se lavá-las bem em água corrente. Não devem ser lavadas se não forem consumidas imediatamente, pois é fruta muito sensível, que se azeda facilmente. Seu período de safra é de agosto a novembro.

Aguapé

Gigoga amarela
Nome Científico: Eichornia Classipis.
Origem: Américas do Norte e do Sul
Porte: até 1 metro
Floração: Verão
Clima: Quente e úmido
Luminosidade: sol pleno
A planta aguapé (Eichornia crassipes), também conhecida como baronesa, orelha-de-jegue, jacinto d’água e miriru, pode ser considerada uma praga ou uma planta muito benéfica.
A planta aquática conhecida como aguapé é o que poderíamos chamar de "vegetal-água": 95% da planta corresponde à água. Esta planta possui raízes longas, (podem medir até um metro), rizomas, estolões, pecíolos, folhas e inflorescências. A parte que fica fora d´água, podendo atingir uma altura que varia desde alguns centímetros até um 1metro.
O aguapé se apresenta suspenso, flutuando livremente, enroscado em obstáculos, preso ao solo em locais de água rasa e até enraizado em áreas consideradas secas. A planta possui uma grande quantidade de pecíolos cheios de cavidades de ar - isso explica o enorme poder de flutuar. A reprodução dos aguapés ocorre por meio de sementes e por brotações laterais - novas plantas são produzidas por estolões e o seu crescimento lateral ocorre a partir do rizoma.
O aguapé serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos e aspectos, servindo de habitat para uma fauna bastante rica, desde microrganismos, moluscos, insetos, peixes, anfíbios e répteis até aves.
Quando largado nas águas, sem uso, o aguapé chega a prejudicar a navegabilidade dos rios, causando até problemas em reservatórios de usinas hidrelétricas em razão de sua rápida proliferação. Entretanto, quando bem aproveitada esta planta pode trazer benefícios incríveis. Uma das principais vantagens do aguapé é que ele é um filtro natural, pois apresenta a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes. Assim, se um lago ou um reservatório estiverem poluídos, coloca-se o aguapé: suas raízes longas e finas, com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura e permitindo que a planta assimile estes componentes tóxicos. O único cuidado é vigiar de perto seu crescimento vigoroso para mantê-lo sempre sob controle. Não se aconselha, entretanto, a utilização e presença de aguapés em lagos extensos, em represas com possíveis remansos ou mesmo em tanques de dimensões maiores, pelas dificuldades de remoção e controle.


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Propriedades Medicinais:
A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.

Aguapé diminui a poluição de cursos d'água
A Unesp pesquisa plantas aquáticas e constata que elas servem até para tratar esgoto doméstico

É possível evitar a poluição de pequenos cursos d'água, ou mesmo permitir a sua reutilização para diversos fins, por meio de tratamento da água com plantas aquáticas, como taboa, junco, lírio-do-brejo, inhame e aguapé. Essa é a constatação de pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, que trabalha para recuperar a qualidade de águas servidas, envolvendo o tratamento do esgoto doméstico.
Ideal para todos - "O sistema é ideal para fazendas, e até pequenos distritos", garante o professor Paulo Rodolfo Leopoldo, responsável pela coordenação do projeto da Unesp.
A pesquisa consiste na adoção de uma rede de coleta do efluente e na utilização de dois ambientes distintos, constituindo-se em dois depósitos de decantação. Um deles tem a finalidade de reter o material sólido, despejado no efluente. Após essa etapa, o efluente segue para o segundo ambiente, onde se encontram as plantas aquáticas. Assim, a água recupera parte de sua qualidade e pode ser utilizada em serviços domésticos e na agricultura.
Imprópria para consumo - "Apesar do tratamento, que elimina cerca de 90% das bactérias da água, ela ainda não é própria para consumo humano", alerta o professor Paulo Rodolfo Leopoldo.
O sistema pesquisado pela universidade pode constituir-se em fonte de economia para o pequeno agricultor. Isso porque o resíduo orgânico retido nas caixas de decantação é rico em ferro, zinco, manganês, cálcio, potássio e matéria orgânica, ideal para ser utilizado na agricultura, substituindo, em parte, os fertilizantes convencionais.

Fontes: Site Jardim de Flores.
Folha de São Paulo.

Agoniada

Nome Científico: Plumeria Lancifoliata
Família: apocinaceae
Outros Nomes: Agonium.

Descrição: Árvore grande, que medra no sul do Brasil. Madeira rija. Casca muito amarga. Folhas oval-alongadas, lanceoladas, peninervadas. Flores de corola de cinco pétalas, de forma semelhante a das folhas.


Propriedades Medicinais:
Na medicina popular, a mesma é usada para corrigir o fluxo menstrual e combate asma. Inflamações do útero e cólicas menstruais.
Emprega-se nas afecções histéricas, na asma, nas atonias gastro-intestinais, nos catarros crônicos, na clorose, nas febres intermitentes, nas menstruações difíceis.
Parte utilizada: casca e folhas, por infusão.

Folhas, por infusão: Irregularidades menstruais, inflamações do útero, cólicas menstruais, asma, atonias gastro-intestinais, catarros crônicos, febres intermitentes.
Dose: Normal.
Efeitos colaterais: Na agoniada, o látex da casca em doses elevadas produz sincope e pode até mesmo causar a morte, se o excessivamente for tomado continuamente.

Adubação Foliar

O que é adubação foliar

O crescimento de uma planta significa produção e transformação da
matéria. Para tanto ela precisa da água, energia solar e gás
carbônico, também de catorze diferentes elementos.
A absorção desses nutrientes básicos para a produção se faz tanto
pelas raízes como pelas folhas, que também tem uma grande capacidade
de absorção. Portanto, adubação foliar é um fornecimento adicional e
complementar de macro e micro-nutrientes, necessários à planta,
através das suas folhas, em forma de pulverizações.


Porque utilizar adubação foliar

A nutrição vegetal é o principal fator de produção, mesmo
considerando-se a utilização de cultivares com grade potencial
genético e o emprego das demais práticas ou técnicas culturais. No
Brasil, em virtude do seu clima tropical, temos muito mais
dificuldades em relação às regiões temperadas, no que se refere às
condições de nutrição dos vegetais.
- Temos temperaturas normalmente mais elevadas que prejudicam as
atividades radiculares e metabólicas das plantas.
- Chuvas constantes provocam a lavagem das folhas, retirando
elementos já incorporados à planta, contribuindo também para a
lixiviação dos elementos no solo, deixando-os indisponíveis para as
plantas.
- No Brasil, muitos solos, por natureza de formação, são mais pobres
em nutrientes minerais.
- A estrutura físico-química de nossos solos promove maior
indisponibilidade dos nutrientes, devido ao pH, balanceamento e/ou
interação entre nutrientes, colóides, umidade, etc.
- Devemos considerar também que os nutrientes básicos são essenciais
para uma boa produtividade e que os adubos de solo são normalmente
utilizados não apresentam micro-nutrientes em suas formulações.
Portanto, mesmo com uma boa adubação de solo, é necessário o
suprimento de nutrientes via foliar, principalmente dos micro-
nutrientes. Lembramos que a adubação foliar não pode ser considerada
como substituta à adubação de solo, apenas a complementa.

INFOMAÇÕES BÁSICAS SOBRE ADUBAÇAÕ FOLIAR

Absorção foliar de nutrientes

Todas as partes verdes da planta têm capacidade de absorver o que
nelas for pulverizado, porém na folha é o mais importante órgão que
realiza a absorção de um adubo foliar. Em um corte longitudinal de
uma folha podemos observar as principais vias de absorção.

Os estômatos são orifícios existentes nas folhas, formados por
células especiais. São as principais vias de acesso de um adubo
foliar para o interior da folha. Eles estão localizados na
superfície superior e em maior quantidade na superfície inferior da
folha.
A cutícula é também outra estrutura importante para a absorção
foliar.
Dependendo do grau de permeabilidade da cutícula, a absorção pode
ser mais ou menos facilitada. Quando umedecidas, as placas de cera
existentes na cutícula, como proteção, se deslocam, aparecendo
aberturas entre elas, permitindo a penetração do líquido.
Fatores que influênciam a absorção foliar

Existem vários fatores que podem aumentar ou diminuir a capacidade
de absorção foliar, tanto relacionados à própria planta como aos
fatores externos.
Os principais são os seguintes:
- Permeabilidade da cutícula
- Idade da folha
- Estado iônico interno
- Tipo e fonte de nutriente
- Tipo de quelato e grau de quelatização
- Composição e concentração da solução
- pH da solução
- Luz, umidade, temperatura, etc.

Adubação foliar - Quando usar

Devido as nossas condições de clima e solo, poderíamos dizer que a
adubação foliar se faz sempre necessária, porém existem situações em
que é essencial:

Deficiência normal - Nossos solos têm apresentado deficiências de
elementos minerais importantes ao desenvolvimento e a produção dos
vegetais.
Devido a essa deficiência no solo e ausência desses elementos nos
adubos de solo normalmente utilizados, aliados às dificuldades de
absorção radicular, torna-se indispensável o suprimento dos
elementos via foliar.

Longos períodos de chuvas - Lavagem de nutrientes das folhas é um
fato, portanto períodos de chuvas intensas e contínuas que retiram
os nutrientes contidos no interior das folhas podem provocar grande
deficiência. Logo, com a aplicação de adubo foliar faz-se a
reposição necessária, suprindo também as perdas por lixiviação.

Seca temporária - Sabemos que a adubação foliar provoca um efeito
estimulante no complexo radicular. Portanto, nesse período, podemos
ter excelente resposta à adubação foliar.

Altas temperaturas - Períodos quentes e prolongados provocam perdas
de nutrientes, devido principalmente à elevação da taxa de
transpiração como também provocam a inibição da absorção radicular.
A adubação foliar nesse caso tem o objetivo de repor a perda e
suprir a deficiência da absorção radicular.

Fototoxidez por defensivos - Auxilia na recuperação da massa foliar
quando provoca a queima ou ajuda a diminuir os riscos quando
aplicados juntos.

Desiquilíbrio nutricional - A carência mineral pode
provocar "doenças fisiológicas" nas plantas, diminuindo sua
capacidade produtiva.

Produção pendente - Sabemos que no período reprodutivo, os
respectivos órgãos necessitam de maiores quantidades de nutrientes.
Para não haver um desgaste da planta, faz-se o fornecimento via
adubação foliar.

Compactação do solo - Solos compactados dificultam o desenvolvimento
radicular, o que pode diminuir a absorção e o suprimento de
nutrientes.

Injúrias por pragas, doenças ou ferramentas - Prejuízos causados no
sistema radicular ou mesmo na parte aérea, devido o uso de
ferramentas, ataques de pragas ou doenças, diminuem a capacidade
vegetativa das plantas, podendo comprometer a produção.


Lei do Mínimo

Quando falamos em nutrição vegetal, não podemos
esquecer da Lei do Mínimo. "O nutriente deficiente é fator
limitante, pois a planta necessita de uma quantidade determinada de
cada nutriente para alcançar uma produção definida".Justus von
Liebig, químico alemão, formulou a Lei do Mínimo a qual relaciona o
fornecimento de nutrientes com o rendimento de uma cultura.

\\\\\\\\\bom a princípio é isso.....Existem muitas empresas que
trabalham com nutr~ção de plantas e é possível encontrar em casa do
ramo agropecuário.......Produtos que são recomndados paras várias
culturas ...No caso de perenes (arvores) e´possivel adquirir
produtos que são recomendados pra café,,,embora não existem
formulaçoes direcionadasa para arvores ;;;;pode-se optar pela s
formulações de café.....embora as de milho podem ajudar
bastante......Sucesso...Espero que tenha sido
esclarecido....Abraços....Jair

Aceleradores de compostagem

Os aceleradores de compostagem tratam-se de seleções de microorganismos específicas e conhecidas para decompor o material orgânico (moléculas complexas orgânicas), a partir de uma avaliação do material que se queira decompor (lixo doméstico, dejetos, camas de aviários, enfim resíduos degradáveis), a partir daí selecionamos na maioria da vezes ou na totalidade microorganismos produtores de enzimas hidrolíticas enzimas (ases) estes microorganismos dependem de alguns fatores para sue melhor funcionamento (pH, temperatura e tipo de substrato), portanto seu tempo de decomposição é variável de material para cada tipo de material podendo em muitos casos melhorar seu tempo em até 20%, observamos também uma melhoria significativa quando utilizado como "ativador" de adubos melhorando consideravelmente os quantitativos de micronutrientes em função de seu metabolismo (liberação de sais minerais), portanto conhecer as seleções de microorganismos para esta finalidade é fundamental, estamos selecionando, isolando e multiplicando todos microorganismos facultativos, estes que serão adicionados ao composto, estes aceleram o processo de decomposição, mineralizando o material e aumentando a biomassa com microorganismos benéficos, ainda traz como vantagem o seu poder de antagonismo, inibindo do meio alguns microorganismos patogênicos do solo ou do próprio composto disponibilizando sais minerais, água e CO2, como subproduto deste metabolismo.

Violeta

Nome Científico: Viola odorata; Viola Alba; Viola tricolour; viola martia.
Propriedades Medicinais:
Partes Utilizadas: Raízes, folhas, flores secas.
A Viola é muito utilizada para combater os problemas das vias respiratórias.
Contra tosse, bronquite, sarampo, dores de garganta, conjuntivite, artrite, é sudorífera. O chá das flores é recomendado para câncer e úlceras internas.
Folhas e flores, por decocção: Sarampo, coqueluche, tosses, bronquites, dores de garganta, artritismo.
Infusão e decocção: tosse; bronquite, sarampo, dores de garganta, vômitos. Utilizada na forma de infusão para combater tosse, gargarejo nas infecções de garganta, coqueluche, sarampo e bronquites.
Cataplasma: contusões. Folhas frescas, como cataplasma: Cicatrizante.

Propriedades culinárias:
É utilizada como enfeite em saladas, podendo ser ingeridas em pequenas quantidades.

Plantio: Normalmente encontrada em jardins pela beleza de suas flores, gosta de umidade e frio sem excesso. Prefere solos ricos em matéria orgânica.
Cultivo
As regas devem ser feitas diretamente no pratinho e não direto na terra.
Tente manter a unidade do ar em volta da planta. Faça assim: coloque água e pedregulhos em uma bandeja e ponha os vasos em cima. Eles não devem ficar submersos. Quando há muita corrente de ar, principalmente nesses dias quentes isso ajuda a ressecar as folhas.
Despreze as folhas velhas;
Use água da chuva para regar, já que estão doentes.
As raízes absorvem o que necessitam durante algum tempo e depois deite fora a água que sobrou.
A violeta não gosta de sol forte, e muito menos direto (fica com as folhas queimadas). Elas preferem a zona mais fria e úmida onde quase não bate o sol.
Ficam em flor durante meses desde que tenha o cuidado de as adubar de vez em quando e retirar as flores velhas com cuidado.
De vez em quando é necessário lavar as folhas para tirar o pó, senão asfixia. Depois, basta enxugá-las com um paninho.
As folhas mais velhas podem ser plantadas em um novo vaso, formando novas mudas.
Conservação: Devem ser secas em lugar ventilado sem umidade.

Tiririca

Cyperus esculentus

Propriedades Medicinais:
A tiririca do brejo, serve para infecção urinária e inflamação.

Para Acabar com as Tiriricas
A Tiririca costuma dar em solos frágeis.
Revolva a Terra, arranque as batatas, recupere o solo. Não carpi. Passe a terra numa peneira grossa.
Sempre retire a Tiririca por inteiro com as batatas uma a uma com a pá de jardineiro, muitas costumam estar a 50 cm abaixo do solo.
Plante frutífera e árvores mais exigentes do solo.
Um bode certamente poderá limpar a terra dessa planta.

Pulgões

Insetos sugadores inoculam vírus. Os pulgões podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demasiadamente a planta e até transmitir doenças perigosas. Podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono. Precisam ser controlados logo que notados, pois se multiplicam com rapidez.
Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e até transmitir doenças perigosas. Os pulgões costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono. Precisam ser controlados logo que notados, pois multiplicam-se com rapidez.
Dica - Evitar adubo fresco (não curtido) e adubação excessivamente nitrogenada (por ex. muitauréia). Infesta quando o solo é pobre em matéria orgânica.
As joaninhas são suas predadoras naturais.
Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas e isso pode ser feito semanalmente;
Aplique Calda de Fumo ou Macerado de Urtiga

Controles alternativos: cozimento das folhas de alamanda ou arruda ou coentro (ferver 300 g folhas/1 litro de água, separadamente, coá-las e pulverizá-las nas folhas doentes).
Para poucas plantas doentes, usar vinagre ou álcool num pano e passar nas partes afetadas.
As flores de cenoura atraem um tipo de mosca, que devora os pulgões.
Às vezes um bom jato d'água, quando a planta é firme elimina os pulgões.
As joaninhas são predadoras naturais dos pulgões. As joaninhas comem individuos jovens pois uma outra característica interessante dos pulgões é que fêmeas vivíparas, isto é, que “dão a luz” formas jovens, sem botar ovos de pulgões. Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas e isso pode ser feito semanalmente; aplicações de calda de fumo ou macerado de urtiga também são indicados.

Alamanda
As folhas da trepadeira de grandes flores amarelas: Alamanda (Alamanda catharica) são ótimas para o para o combate de pulgões.
Protocolo:
Ferva as folhas por 10 minutos, deixe esfriar e pulverize sobre a planta atacada. Tome cuidado ao manusear a alamanda porque ela é tóxica.

Alho
O Alho (allium sativum) pode ser utilisado contra brocas, cochonilhas, pulgões e ácaros.
Quando plantado entre as roseiras, diminuii o ataque de pulgões.
Protocolo:
Bata o alho no liquidificador com água (2 litros para cada dente). Em seguida pulverize as plantas atacadas. Não use sobre feijões, pois o alho inibe seu crescimento.

Arruda
As folhas de arruda (Ruta graveolens) são ótimas para combater os pulgões e ajudam a manter os cítricos saudáveis.
Protocolo:
Ferva folhas durante 5 minutos. Deixe esfriar e pulverize as plantas.

Confrei
Indicação - combate a pulgões em hortaliças e frutíferas e como adubo foliar.
Preparo e aplicação - ingredientes: 1,0 kg de confrei e água para diluição.
Preparo: utilizar o liquidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou então deixar em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água. Aplicação: pulverizar periodicamente as plantas.

Cravo de Defunto (Tagetes sp)
Indicação - combate a pulgões, ácaros e algumas lagartas.
Preparo e aplicação - ingredientes: 1 kg de folhas e/ou talo de cravo-de-defunto e 10 litros de água. Preparo: misturar 1 quilo de folhas e/ou talos de cravo-de-defunto em 10 litros de água. Levar ao fogo e deixar ferver durante meia hora ou então deixar de molho (picado) por dois dias.
Aplicação: Coar o caldo obtido e pulverizar as plantas atacadas.

Fumo (NICOTINA)
Indicação - a nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato contra pulgões, tripes e outras pragas. Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém, pode prejudicar insetos benéficos ao solo como as minhocas. O fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo contra pragas de corpo mole, como lesmas e outras, sendo menos tóxico se empregado nesta forma. Na agricultura orgânica seu emprego deve ser precedido de autorização do órgão certificador.
Características - a calda pronta pode ser acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a sua atividade e persistência na folha. Quando a nicotina é exposta ao sol, diminui sua ação em poucos dias. A adição de algumas gotas de fenol, é recomendada para manter suas características iniciais. A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata ou tomate (Solanaceae). O tratamento com concentrações acima do recomendado pode causar danos para muitas plantas. A nicotina bem diluída apresenta baixo risco para o homem e animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada, torna-se inativa. No entanto, em elevada concentração é tóxica para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e aplicação requerem cuidados. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes do consumo. Devido ao seu alto poder inseticida, o seu emprego na agricultura orgânica é bastante restrito.
Receita 1 - para controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vaga-lumes.
Ingredientes: 15 a 20 cm de fumo em corda e água. Preparo: Coloque o fumo em corda deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente para cobrir o recipiente. Aplicação: Para cada litro de água, use 5 colheres (de sopa) dessa mistura, usando no mesmo dia.
Receita 2 - controle de lagartas e pulgões em plantas frutíferas e hortaliças.
Ingredientes: 100g de fumo em corda, 1 litro de álcool e 100g de sabão. Preparo: misture 100g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100g de sabão e deixe curtir por 2 dias. Aplicação: para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15 litros de água.
Receita 3 - controle de vaquinhas, pulgões, cochonilhas, lagartas.
Ingredientes: 1 pedaço de fumo em corda (10 - 15 cm); 0,5 litros de álcool; 0,5 litros de água e 100g de sabão em barra. Preparo: corte o fumo em pequenos pedaços e junte a água e o álcool. Misture em um recipiente deixando curtir durante 15 dias. Decorrido esse tempo, dissolva o sabão em 10 litros de água e junte com a mistura já curtida de fumo e álcool. Aplicação: pode ser aplicado com pulverizador ou regador. No caso de hortaliças, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 3 dias antes da colheita.
Receita 4 - controle de pulgões, vaquinhas, cochonilhas.
Ingredientes: 20 colheres (sobremesa) de querosene, 3 colheres (sopa) de sabão em pó, 1 litro de calda de fumo e 10 litros de água. Preparo e Aplicação: para o preparo da água de fumo coloque 20 gramas de fumo de rolo bem forte e picado em 1 litro de água, fervendo essa mistura durante 30 minutos. Após, coá-la em pano fino, adicione 3-4 litros de água limpa e utilize o produto obtido no mesmo dia. Em seguida, aqueça 10 litros de água e junte 20 colheres (sobremesa) de querosene e 3 colheres (sopa) de sabão em pó. Deixe esfriar em temperatura ambiente e adicione então 1 litro de calda de fumo.
Receita 5 - controle de pulgões, lagartas e tripes.
Ingredientes: 1,0 kg de folhas trituradas de fumo em 15 litros de água por 24 horas. Preparo: a solução é coada e adicionada um pouco de sabão. Aplicação: pulverizada conforme a receita acima ou no solo na forma de pó feito com folhas secas ou pedaços de folhas colocadas no chão em cobertura.
Receita 6 - Controle de Pulgões
100 g de fumo de rolo picado + 1/2 litro de álcool.Repousar por 24 hs.Coar e misturar com 10 litros de água.
Receita 7 – Controle de Pulgões
50 g de fumo de rolo picado + um punhado de pimenta malagueta picada + 1 litro de álcool + 250 g de sabão de coco em pó. Coloque o fumo + pimenta no álcool. Deixe descansar 1 semana.Coe e dilua em 10 litros de água + o sabão.
Receita 8 – Controle de Pulgões
1 kg de cebolas picadas + 10 litros de água. Curtir por 10 dias.Coe e junte + 10 litros de água.
Receita 9 – Controle de Pulgões
Amasse 5 dentes de alho grandes, com casca + 3 colheres de sopa de sabão de coco em pó + 1 litro de água. Ferva tudo. Deixe esfriar e coe. Acrescente 2 litros de água.

NEEM (Nim) (Azadirachta indica)
Indicação: O Neem é indicado no controle de pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões e gafanhotosa e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no controle de pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente em vários países do mundo. Pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, etc. Recomendada como inseticida e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no controle de pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente em vários países do mundo. Tem como princípio ativo Azadiractina, podendo ser aproveitado as suas folhas e frutos para extrair esse ingrediente ativo de largo emprego inseticida. Nas doses recomendadas é um produto sem efeitos de toxicidade ao homem e aos animais. Tem como princípio ativo a Azadiractina, podendo ser aproveitado as suas folhas e frutos para extrair esse ingrediente ativo empregado como inseticida. É um produto sem efeitos de toxicidade ao homem e aos animais, desde que utilizado nas dosagens recomendadas.
Receitas - Óleo de Nim é empregado na dosagem de 0,5% (0,5 litro em 100 litros de água) pulverizado sobre as folhagens e frutos. No caso do emprego de sementes, o procedimento é o seguinte: 25-50 g de sementes moídas (amarradas em um pano); 1 litro de água, deixando repousar por 1 dia. Indicação: lagarta do cartucho, lagarta das hortaliças, gafanhoto. 5 Kg de sementes secas e moídas; 5 litros de água e 10 g de sabão. Colocar os 5 quilos de sementes de Neem moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão neste extrato. Misture bem e acrescente água para obter 100 litros de preparado. Aplique sobre as plantas infestadas, imediatamente depois de preparado. O prensado de Neem pode ser utilizado misturando-se com o solo na base de 1 a 2 t/ha. Esta medida protege as berinjelas contra minadoras e tomates contra nematóides e septorioses.
No caso do emprego de sementes, o procedimento é o seguinte: - 25-50 g de sementes moídas (amarradas em um pano) dentro de 1 litro de água. Deixar repousar por 1 dia.
Usar para controle de lagarta do cartucho, lagartas das hortaliças, gafanhoto.
Colocar os 5 quilos de sementes de Neem moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10 gramas de sabão neste extrato. Misture bem e acrescente água para obter 100 litros de preparado. Aplique sobre as plantas infestadas, imediatamente depois de preparado.

Pimenta Malagueta
Os frutos da pimenta (Capsicum annuum) são repelentes de pulgões, cochonilhas e insetos em geral.
Indicação - a pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo natural em pequenas hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada com outros defensivos naturais, no combate a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas. Obedecer a um período de carência mínima de 12 dias da colheita, para evitar obter frutos com fortes odores.
Protocolo:
Coloque a pimenta em uma vasilha e soque-a até triturar bem. Cubra com água e deixe descansar de um dia para o outro. No dia seguinte, mexa bem e coe em um pano ralo ou coador para não entupir o pulverizador.
Receita 1 - ingredientes: 50 g de fumo de rolo, picado + 1 punhado de pimenta vermelha + 1 litro de álcool + 250 g de sabão em pó. Preparo: dentro de 1 litro de álcool, coloque o fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir durante 7 dias. Para usar essa solução, dilua o conteúdo em 10 litros de água contendo 250 gramas de sabão em pó dissolvido ou então, detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
Receita 2 - ingredientes: 500 g de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de água + 5 colheres (sopa) de sabão de coco em pó. Preparo: bater as pimentas em um liquidificador com 2 litros de água até a maceração total. Coar o preparado e misturar com 5 colheres (sopa) de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2 litros de água restantes. Aplicação: pulverizar sobre as plantas atacadas.

Urtiga
Indicação - planta empregada na agricultura orgânica, principalmente na horticultura para aumentar a resistência e no combate a pulgões.
Preparo e aplicação - Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100g de urtiga seca e 10 litros de água. Preparo: Colocar 500 gramas de urtiga fresca ou 100 gramas de urtiga seca em 10 litros de água por dois dias ou então deixar curtir por quinze dias. Aplicação: a primeira forma de preparo para aplicação imediata sobre as plantas atacadas. A segunda deve ser diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de água.
Macerado de urtiga: 100 g de urtiga previamente secas por 7 dias. Colocar em 10 litros de água macerando por 8 dias. Juntar mais 100 litros de água após coar.

Capuchinha
Flores e folhas da capuchinha (Tropaeolium majus) repelem insetos como os pulgões.
Protocolo:
Plante a capuchinha perto de árvores frutíferas e de outras plantas.

Cebola
A cebola (Allium cepa) controla lagartas em beterrabas, broca e ferrugens em plantas, também combate pulgões:
Protocolo:
Corte a cebola em fatias ou bata no liquidificador com água. Adicione meio litro de água. Borrife a mistura sobre as plantas 2 vezes ao dia num intervalo de 5 dias.
Plante cebola perto da planta lantana ou cambará para repelir brocas.

Cinamomo
As folhas do Cinamomo (Melia azedarach) são inseticidas contra gafanhotos e seus frutos combatem pulgões.
Protocolo:
Deixe as folhas de molho em água fervente por cerca de 10 minutos e, em seguida, pulverize.
No caso de utilização dos frutos, corte-os e deixe de molho em uma solução com 50% de água e 50% de álcool durante 24 horas. Coe e pulverize em seguida.

Coentro
A erva denominada como coentro (Coriandrum sativum) tem combate a ácaros e pulgões conforme a receita abaixo:
Protocolo:
Moa as sementes e polvilhe-as sobre as plantas e o solo.

Manjericão
O manjericão (Oncimum basilicum) é um bom repelente de moscas e mosquitos se plantado perto da casa e é ótimo contra o besouro-da-batata.
Protocolo:
Para combater pulgões e outros insetos, deixe as folhas em água fria por 24 horas, em seguida, coe e pulverize a solução.

Fruto do conde ou Pinha
A fruta-do-conde ou pinha (Annona squamatosa) tem ação contra brocas, cochonilhas e pulgões através de suas sementes e raízes.
Protocolo:
Triture as sementes ou raízes e espalhe sobre os locais infestados.

Sabão e suas Misturas:
Indicação - o sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos naturais pode aumentar a sua efetividade. O sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos de corpo mole como: pulgão, lagartas e mosca branca. A emulsão de sabão e querosene é um inseticida de contato, que foi muito empregado no passado, contra insetos sugadores, sendo indicada para combate aos pulgões, ácaros e cochonilhas. Características de emprego: o preparo mais comum consiste em dissolver, mexendo bem, 50 gramas de sabão (picado) para 2 até 5 litros de água quente. A solução feita com sabão tem boa adesividade na planta e no inseto praga. Pulverizar sobre as folhagens e pragas. Nas plantas delicadas e árvores novas, no verão ou períodos quentes, utiliza-se a solução de sabão e querosene bem diluída, ou seja, uma parte para 50 a 60 partes de água. Depois de preparada a emulsão deve ser aplicada dentro de um ou dois dias, para evitar a separação do querosene, o que acarretaria queimaduras nas folhagens. No inverno, em plantas caducas, utilizam-se dosagens mais concentradas, assim como a pincelagem do tronco contra cochonilhas.
Receita para o combate de pulgões, cochonilhas e lagartas.
Ingredientes: 1 colher (sopa) de sabão caseiro + 5 litros de água.
Preparo: utilize uma colher (sopa) de sabão caseiro raspado e misture em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo.
Aplicação: essa calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de pulverizador ou regador.
Receita para o combate a pulgões, ácaros, brocas, moscas da fruta e formigas.
Ingredientes: 1 kg de sabão picado + 3 litros de querosene + 3 litros de água.
Preparo: derreta o sabão picado numa panela com água. Quando estiver completamente derretido, desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura.
Aplicação: em seguida, para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a aplicação com intervalos de 7 dias. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
Receita como inseticida de contato para sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas.
Ingredientes: 500 g de sabão + 8 litros de querosene + 4 litros de água.
Preparo a quente: ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água. Retirar do fogo e dissolver vigorosamente 8 litros de querosene, com a mistura ainda quente. Mexer vigorosamente a mistura quente, até formar uma emulsão perfeita.
Aplicação: diluir para cada parte do produto 10 a 60 partes de água.
Receita para o combate de pulgões, cochonilhas e lagartas.
Ingredientes: 1 colher (sopa) de sabão caseiro + 5 litros de água.
Preparo: utilize uma colher (sopa) de sabão caseiro raspado e misture em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo.
Aplicação: essa calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de pulverizador ou regador.
Extrato de fumo no controle de pulgões
Insetos que sugam seiva das plantas. Existem de diversas cores. A maioria é desprovida de asas e vive em colônias.
Protocolo:
Pulverize com extrato de fumo.
O extrato de fumo deve ser preparado da seguinte forma: Coloque um pouco do fumo de rolo picado em uma tigela e cubra com álcool (líquido ou gel) Quando o fumo tiver absorvido todo o álcool, coloqeu novamente um pouco de álcool diluído em água. Deixe por 48 horas em local fresco.
Torça o preparado em um pano ralo e guarde-o em uma garrafa em local escuro.
Pulverize este extrato sobre toda a folha para espantar pulgões. Se desejar também combater cochonilhas, na hora de usar, misture cerca de um copo desse líquido com 100g de sabão neutro derretido em água quente. Acrescente mais 10 litros de água, coe e pulverize.
Fumo:
É um excelente inseticida natural contra pulgões, cochonilhas e tripes.
Protocolo:
Pique o fumo (ideal é o fumo de rolo, não utilize o de cigarros). Deixe-o recoberto com água por 24 horas. Retire o líquido e misture-o com 4 partes de água. Use em pulverizadores.

Tomateiro
As folhas e o caule do tomateiro (Lycopersicum esculentum) têm ação inseticida contra diversos insetos, inclusive pulgões.
Protocolo:
Há duas formas de preparo: ferva as folhas e caules em água e deixe esfriar ou coloque as folhas de molho em água fria por 24 horas. Qualquer uma das misturas deve ser pulverizada sobre as plantas.

Primavera

Nome Científico: Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra.
Outros Nomes: buganvília, ceboleiro, três-marias ou flor-de-papel.
Origem: De origem brasileira, a primavera (Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra) é uma espécie rústica, que exige poucos cuidados. Seu nome foi dado em homenagem ao francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em nosso país, por volta de 1790, e a levou para a Europa, onde ela se tornou famosa e se difundiu para o resto do mundo. As belas e coloridas "flores" da primavera não são exatamente as flores da planta: são brácteas (folhas modificadas) que envolvem as verdadeiras, e relativamente insignificantes, flores amareladas. O conjunto resulta numa aparência exótica, encontrada nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja.
Por ser uma espécie muito híbrida, já se obteve brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive bicolores - e também a forma variegada. Quando adulto esse arbusto escandente e espinhento pode atingir de 5 a 10 metros de comprimento. A primavera é uma planta muito rústica, é uma trepadeira que necessita de poucos cuidados e se adapta a diversos tipos de clima; sendo, inclusive, bastante resistente a mudanças bruscas de temperatura. É certo, porém, que os coloridos mais vibrantes e intensos desta planta são encontrados em locais de clima quente e úmido.

Reprodução, cultivo, poda e adubação:
Primaveras multiplicam-se por alporquia ou por estacas de galhos lenhosos, com aproximadamente 20 cm. A primavera gosta de sol pleno, clima quente e úmido, e suporta solos mais secos. As regas podem ser feitas aproximadamente de 15 em 15 dias. A freqüência só deve ser aumentada nos primeiros meses após o plantio ou em épocas muito quentes.
Sobre a questão do sol pleno, é interessante lembrar que em seu habitat natural, a primavera cresce encostada em grandes árvores e utiliza-se dela como tutor. Isso acontece particularmente com a Bougainvillea glabra, que emite brotações muito vigorosas na vertical, até atingir o topo da árvore. Aí, então, abre-se em copa e suas folhas e flores se confundem com as da própria árvore que serviu de apoio. Assim, podemos pensar que é possível cultivar primaveras à meia-sombra, desde que haja condições da parte aérea receber raios solares diretos.
Recomenda-se fazer uma poda de limpeza periodicamente, removendo galhos secos e doentes, para favorecer o bom desenvolvimento da primavera e estimular sua floração constante. Após a poda é aconselhável realizar uma boa adubação, usando adubos orgânicos ricos em Fósforo (P). Em geral, as primaveras devem ser adubadas preferencialmente com material orgânico (esterco bem curtido, torta de mamona ou farinha de ossos). No caso de optar pelo adubo químico, a recomendação é aplicar uma formulação NPK 10-20-15 ou aproximada, com predominância do P (Fósforo) da fórmula.
Apesar de rústica, a primavera pode ser atacada por lagartas (que devem ser eliminadas pela catação manual) e doenças fúngicas. Se o problema for muito grave, indica-se borrifar a planta com um bom fungicida, tomando sempre o cuidado de não encharcar o seu solo, para evitar o acúmulo de umidade.

Primaveras em vaso: É possível cultivar a primavera em vaso, desde que sejam observados alguns cuidados essenciais:
* Preparar o solo para o plantio com uma parte de terra comum de jardim, uma parte de terra vegetal e duas partes de areia, para facilitar a oxigenação, impedindo que o substrato fique muito compacto.
* Colocar o vaso em local ensolarado. Para florescer, a primavera precisa de pelo menos quatro horas diárias de sol.
Regar pela manhã ou à tarde, quando os raios solares não estão intensos.
Fazer adubações periódicas, usando adubos orgânicos ricos em Fósforo (P).

Porangaba

Nome Científico: Cordia Salicifolia; Cordia Ecalyculata.
Família: Boraginaceae.
Nome botânico aceitável: Cordia ecalyculata Vell.

Outros Nomes: Cafezinho do Mato; Chá de Bugre. Bugrinho, cafezinho, chá-de-soldado, laranjinha-do-mato, caraiba, café-de-bugre, chá-de-frade, louro-salgueiro, rabugem.

A porangaba é uma pequena árvore com cerca de até 8 m de altura, mais comumente encontrada nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia.

Propriedades Medicinais:
Indicações: diarréia, emagrecer abdômen, inchaço das pernas, obesidade, pernas inchadas, reumatismo, cárdio-tônica, diurético (forte, sem soltar o intestino), energética, refrigerante, tônico.
Planta extremamente conhecida e utilizada tradicionalmente pela fitoterapia brasileira, principalmente como diurético, febrífugo e estimulante circulatório. No tratamento popular é usada como tônico.

Recentemente esta planta tem sido explorada comercialmente aproveitando os modismos de "tomar cápsulas e chás para emagrecer". A quantidade de informações superficiais e errôneas que o mercado libera para atingir suas finalidades de venda também vem crescendo.
Alguns produtos anunciados - cápsulas para emagrecer - são simplesmente folhas da planta pulverizadas.
Existem poucas pesquisas sobre os efeitos desta planta. Os registros são, na sua maioria, resultantes de observações clínicas, isto é, de resultados obtidos com a sua utilização prática sem, no entanto, haver controle ou análise estatísticas que validem estas observações.
Pesquisas recentes no Japão identificaram ação antiviral no caso de herpes.
O chá-de-bugre tem sido utilizado como diurético e auxiliar no tratamento contra a obesidade, pois parece apresentar um efeito redutor do apetite. É uma planta rica em substâncias amargas e cafeína. Além disso, como já dissemos, tem marcante ação diurética.
Portanto, a porangaba (a planta) pode ser usada como coadjuvante em um tratamento para emagrecer. Observe: pode ser usada e como coadjuvante, isto é, como um dos itens componentes de um tratamento, porque possui características que auxiliam o processo de recuperação do peso normal.
NÃO EXISTE PLANTA QUE FAÇA EMAGRECER! Isto significa que nenhum chá tomado isoladamente trará resultados positivos na redução do peso.

Orientações gerais para a execução de viveiro de espécies da Mata Atlântica

O viveiro de mudas poderá ser adquirido em empresa especializada, ou feito artesanalmente com material da propriedade (Bambú, madeira) e sombrite, reduzindo os custos. Sua estrutura poderá ter, inicialmente, pequena dimensão, cerca de 30m2, e posteriormente, caso necessário, ser ampliado. O solo deverá ser nivelado e forrado com brita.
As mudas poderão ser adquiridas em viveiros idôneos ou serem produzidas com sementes colhidas na região. A coleta de sementes pode ser feita durante o ano todo, visto que existe floração e frutiificação durante todo o período. Após a coleta as sementes deverão ser identificadas e, se preciso, receber o tratamento adequado, utilizando-se processos químicos, físicos (escarificação mecânica) ou mesmo a simples quebra de dormência, necessária para a germinação. Após o devido processamento e separação, as sementes devem ser colocadas para germinar em solo gordo, em canteiros ou em saco plástico. O tempo para o plantio definitivo irá depender da espécie.

Preparo de Solo e Plantio
Com a muda pronta e ambientada, a área deverá ser covada e adubada, com antecedência. A dimensão da cova irá depender do tamanho da muda, mas uma cova de 50x50x50 cm, é adequada para quase todas as espécies. O espaçamento entre as mudas deverá respeitar as particularidades de cada espécie.
A cova deverá receber 100 gramas de farinha de osso, 100 gramas de calcário dolomítico e 20 litros (1 balde) de esterco animal curtido ou composto. Após período de 30 a 60 dias do preparo da cova, deve-se proceder com o plantio das mudas.
A muda deve ser plantada de modo que o nível do colo da planta ou do torrão fiquem no mesmo nível ou até cinco cm acima do nível do solo, para evitar possível “afogamento”.
Nesta ocasião deve-se fazer o tutoramento da mesma, utilizando bambu ou ripa de madeira e barbante. Após o plantio deve-se certificar que a muda seja molhada – em abundância.Após o plantio, procede-se a cobertura da cova com capim seco sem semente ou material similar, com objetivo de manter umidade no solo, diminuir a necessidade de irrigação e a incidência de mato. Após o plantio, a irrigação deverá ser efetuada com gasto de 20 a 30 litros de água por planta duas vezes por semana até o completo pegamento.
Conforme a necessidade, deve-se fazer o controle de pragas e doenças, capinas e desbrota, sempre seguindo recomendações técnicas.
O ataque de formigas cortadeiras pode causar sérios prejuízos e deve ser constantemente monitorada e quando preciso, controlada.
Após o pegamento da muda, deve-se fazer as adubações de cobertura, com composto orgânico ou esterco curtido. Nas plantas adultas, as adubações devem ser feitas na projeção da copa.
Fonte:www.ufla.com.br

Losna

Nome Cientifico: Artemísia Absinthium
Outros Nomes: Absinto, losna-maior, erva dos vermes.

Descrição: Bastante difundida na Europa; norte da África, Ásia e Américas, são utilizados desde a Antiguidade como aromatizante em bebidas e por seu sabor amargo.

Partes utilizadas: Folhas e flores.

Indicações: Propriedades Medicinais:
A Losna é empregada para eliminar diarréias, envenenamentos, intoxicação, catarro pulmonar, inapetência em crianças, afecções gástricas, hepáticas e renais, gripe e mau hálito. Contra TPM e cólicas menstruais. A Losna ajuda em tratamentos para a obesidade, pois ativa fígado, aparelho digestivo e intestinal. É muito boa para deprimidos e no tratamento de alcoolismo e drogas, pois desintoxica.
Foi muito usada na Antigüidade para combater os envenenamentos por outras plantas e também nas intoxicações.
Faz-se cataplasma sobre o ventre, combate à febre, dores de estômago, cólicas e problemas de fígado.
É usada pela medicina caseira como poderoso vermífugo, mais particularmente usada na destruição das solitárias, usando-se o chá. Usa-se o chá para os males do sistema digestivo como mau hálito, diarréias, cólicas. Também como regulador da menstruação, histerismo, febrífugo, inapetência e excesso de gases. É energético tônico e debeladora de febres.
É aconselhado o chá nos problemas de fígado e intestinos, assim como nos casos de urina solta. Esse mesmo chá é um excelente colírio.
Em diarréias pode-se ferve-la em vinho e beber o chá ou usa-lo em compressas sobre o ventre.
Tintura das flores e folhas: tônico; distúrbios biliares e hepáticos, flatulência, má digestão, calmante, reumatismo, gota, febre.
Infusão das flores: vermífugo.
Folhas, por infusão: Azia, febre, envenenamentos, vermífugo, diabete, perturbações do estômago e do fígado, prisão de ventre, obesidade, cólicas, sinusite, coriza, anemia, dismenorréia, tísica, nervosismo.
Receita: Triturar 20 g de folhas e ou flores e misturar em 1 litro de água ou vinho e tomar um cálice ao dia após as refeições.
Efeitos Colaterais: Não se deve abusar tomando demais, pois destrói os glóbulos vermelhos do sangue.


Na culinária:
Utilizado para dar sabor amargo às diversas bebidas, como vinhos, licores, vermutes utilizados como aperitivos ou digestivos.

Plantio: Gosta de solos pobres e secos, é bastante encontrada próximo ao litoral, não suporta geadas, sua propagação é feita por estacas ou divisão de touceiras.

Conservação: São secas à sombra e conservadas em caixas de madeira.

Hibisco

Nome Científico: Hibiscus spp.
Descrição:
É um arbusto e floresce por quase todo o ano. O hibisco é uma planta originaria da Ásia. É um arbusto caracterizado por apresentar caule avermelhado e robusto e altura média de dois metros.

Propriedades Medicinais:
Parte utilizada: flor.
Indicação: auxilia no tratamento dos espasmos gastrintestinais, prisão de ventre, falta de apetite, dispepsia, hipertensão, fragilidade capilar, hemorróidas, ansiedade, insônia, resfriados e gripes.
É excelente para a pele, podendo-se fazer de suas flores (de preferência hibisco vermelho) cremes e xampus. Utilize as pétalas das flores frescas, retirando o miolo delas.
Este mesmo chá das pétalas de hibisco auxilia nos tratamentos de emagrecimento.
Sugestão de preparo (infusão): para 1 colher (chá) da erva, adicione 1 xícara (chá) de água fervente e deixe "descansar" por 5 minutos. Coe e sirva.
Dica: Sirva gelado como refresco ou utilize para preparar gelatina com Agar ou gelatina sem sabor.

Gramados

Grama Mato Grosso

Nome Científico: Paspalum notatum Flüegge
Família: Gramineae
Planta herbácea de 15 a 30 cm de altura de folhas lineares, muito pilosas e alongadas. Planta muito rústica se adapta bem a grandes áreas verdes, de solos secos e inférteis. Em relação às outras gramas, sua aparência é mais grosseira. Deve ser plantada a sol pleno pois não resiste à sombra. Quando colocada em locais sombreados, começa a perder as folhas e deixar o solo descoberto até que a grama desapareça totalmente. Produz grande quantidade de massa verde o que contribui muito para seu desenvolvimento em solos pobres. Seu crescimento no verão é abundante o que torna a manutenção um pouco mais cara que outros tipos de grama. É apresentada em placas irregulares retiradas com enxada no local de produção o que faz com que seu plantio seja mais demorado e menos uniforme, assim como seu fechamento. Devido à isso é muito susceptível à infestação de ervas daninhas na época de pegamento. É muito utilizada para controle de taludes e açudes devido ao seu baixo custo de implantação.
Suas principais vantagens são:
- Grande rusticidade
- Baixo custo
- Resistência à seca
- Adapta-se à solos pobres
Algumas desvantagens:
- Crescimento (menor intervalo de corte)
- Susceptível à incidência de pragas
- Apresentação para o plantio


Grama São Carlos

Nome Científico: Axonopus compressus Beauv.
Família: Gramineae
Planta rasteira, de origem Brasileira, com 10-20 cm de altura. Possui folhas lisas, perenes e lineares. De formação muito densa e de um tom de verde muito ornamental, essa grama se adapta a locais de meia sombra ou a sol pleno. Tolera também locais úmidos e frios. Apresenta pouca resistência à seca, não sendo então muito recomendada para áreas rústicas e sem irrigação. Deve ser plantada em solos férteis, pois não se desenvolve bem em solos pobres como outros tipos de grama. Para manter um bom aspecto a grama deve ser cortada freqüentemente a fim de que não forme muita massa verde. Em certas regiões tem se notado muitos problemas de caráter fitossanitário, o que torna seu plantio arriscado, pois a grama nunca atingirá o nível adequado. Apresenta alta resistência ao pisoteio. Sua apresentação é em rolos de 0.5 m² facilitando o plantio e sua formação. Seu custo é o maior dentre as gramas apresentadas.
Vantagens da Grama São Carlos:
- Tolera sombra; frio e umidade.
- Suporta pisoteio
- Rápido fechamento
- Fácil plantio
Desvantagens:
- Não se adapta a solos pobres e regiões secas
- Pode apresentar doenças e pragas, dependendo da Região.
- Manutenção alta para manter o gramado bonito (pequeno intervalo de corte)


Grama Esmeralda

Nome científico: Zoysia japonica Steud.
Família: Gramineae
Planta herbácea de 10-20 cm de altura, originária do Japão, é uma das gramas mais difundidas no Brasil hoje em dia. Suas folhas são em forma de lança, pequenas e estreitas muito densas e pilosas. Graças à sua grande densidade, forma um tapete verde muito uniforme e ornamental. Deve ficar a sol pleno, mas tolera um pequeno período de sombra. Em locais muito sombreados, a vegetação fica rala e estiolada. É muito recomendada para gramados residenciais e áreas verdes nobres, apresenta média resistência ao pisoteio e não exige podas muito freqüentes, o que barateia a manutenção. Sua grande densidade também é responsável pela baixa incidência de ervas daninhas, que acabam aparecendo apenas perto da época do plantio, diminuindo depois conforme a grama vai adensando. Outra grande vantagem é a sua apresentação: Placas (Tapetes) de 0.5m² e, devido a essa configuração seu gramado fica praticamente pronto no final do plantio.Suas Principais vantagens são:
- Grande efeito ornamental
- Baixo índice de infestação de plantas daninhas
- Apresentação
- Facilidade de plantio
- Baixa manutenção
- Alta resposta à adubação nitrogenada.


Grama Japonesa

Nome científico: Zoysia tenuifolia Trin.
Família: Gramineae
Originária das Ilhas Mascarenhas, medindo de 15-30 cm, esta gramínea tem folhas muito finas e macias, que lhe confere um aspecto de veludo. Deve ser plantado a pleno sol, não sendo recomendado seu plantio em locais sombreados. Seu crescimento é lento em relação às outras gramas. Este tipo de grama é muito utilizado em jardins japoneses. É pouco resistente ao pisoteio e tem o inconveniente de se não cortada freqüentemente, enrugar o gramado, ficando com um aspecto muito feio.
Necessita de irrigação freqüente e solos bem férteis, não servindo, portanto para plantio em áreas rústicas. É vendida em placas que tornam o seu plantio rápido.